PRF desfaz bloqueios, enquanto novos surgem; 49 em 13 estados nesta tarde
Após determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), a PRF (Polícia Rodoviária Federal) trabalha hoje para desbloquear as rodovias interditadas por caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e manifestantes a pé que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas, no último domingo.
De acordo com o último balanço, 358 pontos de bloqueio foram desfeitos. No entanto, paralelamente, apenas na tarde de hoje, 49 novos pontos foram identificados em 13 estados, segundo balanços do meio-dia até 17h.
Os mais recentes bloqueios atingem os estados do Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
A última atualização da PRF, de 18h35, relatou que foram desfeitas 392 manifestações pelo país. A corporação também informou que foram realizadas 438 autuações referentes à obstrução das rodovias federais.
A corporação informou que o estado com mais interdições é Santa Catarina, seguido por Pará e Mato Grosso, e que a Polícia Federal, a Força Nacional e a Polícia Militar foram mobilizadas para ajudar a liberar as rodovias.
Ao todo, quase 600 pontos foram alvo de interdições e demandaram ação policial.
Havia expectativa para Bolsonaro romper seu silêncio e incentivar o fim das manifestações a seu favor. O presidente ficou 44 horas sem se pronunciar publicamente após a eleição de Lula e, no discurso da tarde de hoje, falou por apenas dois minutos.
Bolsonaro chamou os protestos dos caminhoneiros que não aceitam a derrota nas urnas de "movimentos populares". Os atos seriam, de acordo com ele, "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral".
As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, com invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir
Jair Bolsonaro
Alguns caminhoneiros decidiram ignorar o discurso de Bolsonaro, afirmando que o importante é "a vontade do povo".
No domingo (30), o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, foi chamado a prestar esclarecimentos ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, e a suspender operações da corporação no dia da eleição.
No sábado (29), a Justiça Eleitoral havia determinado que a PRF não fizesse operações no transporte público, para não atrapalhar a votação. A ordem, porém, foi desobedecida até a metade da tarde do domingo.
Ontem, Moraes determinou que a PRF e as polícias militares dos estados desbloqueassem as rodovias. Ele ordenou que fossem tomadas "todas as medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis do poder Executivo federal e dos poderes Executivos estaduais, para a imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido".
Moraes estipulou para Vasques uma multa de R$ 100 mil por hora e eventual afastamento do cargo, caso a ordem fosse descumprida.
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