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PT longe dos evangélicos e elogios: fala de Gleisi a Edir Macedo repercute

Gleisi Hoffman e Edir Macedo - Sérgio Silva/Divulgação e Alan Santos/PR
Gleisi Hoffman e Edir Macedo Imagem: Sérgio Silva/Divulgação e Alan Santos/PR

Mattheus Miranda

Colaboração para o UOL, em Salvador

04/11/2022 17h03Atualizada em 04/11/2022 17h56

Um dia após o pastor e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus Edir Macedo pedir perdão a Lula pelas críticas durante a campanha eleitoral, a presidente do PT Gleisi Hoffmann respondeu afirmando que dispensava o perdão. O caso gerou bastante repercussão nas redes sociais hoje.

"Dispensamos o perdão de Edir Macedo. Ele é quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou, a indução de milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT, usando a igreja e seus meios de comunicação para isso. A nossa consciência está tranquila", declarou Gleisi Hoffmann.

Macedo defendeu que cristãos devem "perdoar" o presidente eleito. "Não podemos ficar com mágoa, porque é isso que o diabo quer", afirmou Macedo, conforme a Folha de S. Paulo. "O diabo quer acabar com sua fé, com seu relacionamento com Deus por causa de Lula ou dos políticos. Não dá, não dá, minha filha, bola pra frente, vamos olhar pra frente", completou.

De um lado, críticos do bispo Edir Macedo apoiaram a reação da deputada, uma vez que o religioso, principal líder e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, permitiu que seus templos religiosos fossem utilizados como palanque do atual presidente e candidato a reeleição derrotado, Jair Bolsonaro (PL).

"Pra quem tá aqui nessa ciranda dizendo que devemos 'dar as mãos' eu quero apenas lembrá-los que durante a pandemia que levou diversos brasileiros, esse homem estava fechadíssimo com Bolsonaro. Parem de querer dá as mãos pra quem só quer dinheiro", respondeu a jornalista Patrícia Lélis à declaração de Gleisi.

Por outro lado, aliados de Bolsonaro criticaram a resposta da deputada. Até mesmo petistas comentaram que a líder do partido "perdeu a oportunidade de manter o silêncio", uma vez que o PT deveria pacificar a base evangélica.

O pastor reeleito deputado federal por São Paulo Marco Feliciano (PL) saiu em defesa do religioso no Twitter. "Que o tratamento dado ao bispo Edir Macedo pela presidente do PT sirva de lição a todos os parlamentares evangélicos na Câmara dos Deputados e líderes cristãos no Brasil. Não há mistura entre esquerda e direita. Não há comunhão entre luz e trevas! Dias sombrios nos aguardam", escreveu o parlamentar.

O deputado federal Paulo Martins (PL) também criticou a declaração da presidente do PT. "Gleisi chuta Edir Macedo. Quem acha que o petismo é uma força pollítica convencional não entendeu nada, nem esqueceu nada".

Confira a repercussão: