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Menino de 7 anos é agredido por PM após dizer 'Lula lá' em MG, diz família

Criança teria sido agredida por PM após dizer "Lula Lá" - Reprodução
Criança teria sido agredida por PM após dizer 'Lula Lá' Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

04/11/2022 16h58Atualizada em 04/11/2022 16h58

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga um caso de suposta agressão de um policial militar reformado contra uma criança de sete anos por motivação política. Gabriel Azevedo estava com o pai em uma padaria do bairro Alto São Vicente, em Divinópolis, no último domingo (30), dia da votação do segundo turno das eleições, quando a agressão aconteceu.

Na ocasião, o suspeito, de 55 anos, teria perguntado se o menino seria apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas a criança negou e ainda disse "Lula lá", em referência ao principal jingle do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O agressor teria se revoltado e enforcado Gabriel por 8 minutos, segundo a família. A mãe do garoto, Reisla Gomes, relatou o caso nas redes sociais e disse que abriu um boletim de ocorrência. A PM (Polícia Militar) foi acionada momentos após o fato e realizou os primeiros socorros à vítima. O militar reformado já tinha fugido do local e ainda não foi localizado.

Segundo o relato da mãe, a criança estaria traumatizada e tendo pesadelos com o ocorrido. Reisla denunciou o caso à Polícia Militar na noite de domingo ao saber da agressão depois de pegar o menino, que estava na casa do pai. Ela teria visto hematomas e marcas de violência no pescoço do filho.

Em nota ao UOL, a PM confirmou que o agressor é um militar reformado. A corporação disse que, assim que acionada, "de imediato, os policiais prestaram assistência à criança e a conduziram para o atendimento médico".

"As equipes se deslocaram até a residência do suposto autor com o escopo de adotar as providências, porém, este não se apresentou para contar sua versão. O registro foi encerrado e entregue à Delegacia de Polícia Civil, tendo em vista o suposto fato se tratar de crime de competência da Justiça Comum", concluiu.