Deputado que já foi aliado de Bolsonaro diz que Carlos é sociopata
O deputado federal Julian Lemos (União Brasil-PB), ex-aliado de Jair Bolsonaro (PL), fez uma série de acusações contra o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, em participação em um podcast.
A entrevista viralizou nas redes sociais e, pela manhã, os termos "Julian Lemos" e "Carlos Bolsonaro" estavam entre os cinco mais comentados do Twitter, com milhares de menções.
"Quando Bolsonaro nomeou Bebianno, Carlos Bolsonaro, para mostrar que mandava, simplesmente tirou as senhas das redes sociais do pai e sumiu, desapareceu para um clube de tiro", diz Julian, citando Gustavo Bebianno, outro ex-aliado bolsonarista, que chegou a participar do governo. Bebianno morreu de infarto em março de 2020.
"Bolsonaro aguentou a parada ali um ou dois dias... Depois, 'ai, meu menino pode se matar'. Bolsonaro tinha medo disso, de ele se matar ou matar um bocado", acrescentou.
"Carlos é um sociopata, capaz de matar o pai, matar a mãe, digo com toda a segurança do mundo. Esquizofrênico, cruel. Não sei se ele sabe o que é uma oração, é mau com 'm' maiúsculo. Todos os problemas envolvendo o pai, ele estava no meio", seguiu o deputado.
A sociopatia é um transtorno que causa comportamento antissocial no indivíduo.
Na mesma entrevista, o deputado disse que o presidente Jair Bolsonaro agrediu a primeira-dama Michelle.
Julian e o filho 02 do presidente já se xingaram publicamente várias vezes. Neste ano, Carlos o chamou de "maior fofoqueiro do Brasil". O deputado rebateu, dizendo que o vereador é um "cão presidencial" e "ladrão de salário de assessor".
A briga, porém, data desde o primeiro ano do mandato de Bolsonaro. Em 2019, Julian disse que Carlos é "um maluco cheio de fantasmas na sua cabeça, alguém que não consegue ter vida social, só dorme no remédio controlado".
Julian foi considerado um "coordenador de campanha no Nordeste" pelo presidente Bolsonaro nas eleições de 2018. Após um ano de mandato presidencial, já demonstrava insatisfação com ações de Bolsonaro.
Ele foi um dos entusiastas da candidatura de Sergio Moro (União Brasil-PR), a quem declarou apoio publicamente.
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