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Mariana Londres: 'Alckmin não acalma mercado, que quer nome do ministro'

Colaboração para o UOL

18/11/2022 09h51

A colunista do UOL Mariana Londres explicou os motivos do mercado financeiro vir reagindo negativamente ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com ela, os investidores e especuladores querem saber quem será o ministro da Economia. E as declarações do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), não estão surtindo efeito.

"O ponto principal é a questão do teto de gastos, com apresentação de uma âncora fiscal. Lula tem fala forte contrária ao teto de gastos, mas não apresenta qual vai ser o modelo de âncora fiscal. E o mercado quer saber quem vai comandar o barco, quem vai ser o ministro da Economia. Existe esse desejo do mercado", apontou Mariana em participação no UOL News.

A colunista também afirmou que a PEC da Transição já está recebendo outros "nomes" do mercado financeiro e do Congresso Nacional.

"A PEC da Transição virou PEC fura teto, PEC do estouro e PEC do precipício. O PT tenta um movimento para chamar PEC do Bolsa Família. Mas a gente já viu isso na PEC Kamikaze, que o governo tentou dar o nome de PEC dos Auxílios, mas passou como PEC Kamikaze", lembrou ela.

Mariana também acredita que o texto inicial dessa PEC será modificado em Brasília. "Vai ter enxugamento desse texto. Não acho possível que ele passe como foi apresentado".

Aloysio: 'Tentam emparedar Lula, mas foi Bolsonaro quem fez bagunça fiscal'

Aloysio Nunes (PSDB), ex-ministro das Relações Exteriores, também participou do UOL News e evitou criticar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por declarações polêmicas a respeito do teto de gastos. Nunes faz parte da equipe de transição do governo eleito e entende que Lula vai consertar a "bagunça fiscal de Bolsonaro".

"Lula sabe que o descontrole fiscal tem condições nefastas para os trabalhadores pequenos, mesmo para aqueles que não especulam no mercado financeiro. Há uma tentativa de emparedar o Lula. Mas ele sabe que não pode fazer o que quiser. Ele tem um orçamento bagunçado. Não sei quantas vezes o teto de gastos foi furado no governo Bolsonaro", afirmou Nunes nesta sexta-feira (18).

Aloysio Nunes também comentou que o orçamento feito pelo governo Bolsonaro antes das eleições não tem "coisas essenciais" prometidas até mesmo por Bolsonaro, como o Auxílio Brasil no valor de R$ 600, a cobertura da Farmácia Popular e até dinheiro para merendas de creches. Por isso, ele afirma que o mercado financeiro precisa "se acalmar".

"Não é possível que se desconheça o histórico de Lula de responsabilidade fiscal. E o histórico de Bolsonaro, de bagunça fiscal", concluiu.

Josias: Lula não pode fazer os tipos de declarações que ele vem fazendo

O colunista do UOL Josias de Souza criticou as declarações de Lula que classificou como polêmicas. Ele entende que o presidente eleito ainda não "desceu do palanque".

"É preciso dizer que Lula está demorando para trocar o palanque pelo pódio. Ele venceu a eleição e precisa se comportar como presidente eleito. Presidente eleito não pode fazer os tipos de declarações que ele vem fazendo", criticou Josias.

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Veja a íntegra do programa:

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado no 1º parágrafo da matéria, Geraldo Alckmin não é filiado ao PSD, mas ao PSB. A informação já foi corrigida.