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Ação do PL para anular votos 'não vai prosperar', diz Mourão

O presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão - Marcelo Camargo - 13.ago.19/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão Imagem: Marcelo Camargo - 13.ago.19/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

23/11/2022 15h35

O vice-presidente da República, o senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos), disse hoje não acreditar que a ação proposta pelo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), para anular os votos de 59% das urnas, será bem-sucedida.

"Há uma parcela da sociedade que considera que o processo tem problemas. De minha parte, vejo que precisamos dar mais transparência ao processo, não bastam respostas lacônicas do TSE, teremos que evoluir", afirmou ele em entrevista coletiva durante viagem a Portugal. "Em relação a essa questão que o PL entrou ontem, julgo que não vai prosperar. É uma questão que teremos que resolver adiante".

Ontem, em uma ofensiva golpista, o PL entrou com uma ação para anular os votos de 279 mil urnas eletrônicas, para reverter o resultado da eleição presidencial e dar a vitória a Bolsonaro —que foi derrotado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para o partido, cinco dos seis modelos das urnas usados na votação não são "auditáveis", o que especialistas negam. Se considerado apenas o resultado dessas urnas, Bolsonaro teria 51% dos votos válidos, contra 48,9% de Lula. O PL porém, nega que tenha havido fraude.

A iniciativa foi prontamente respondida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), cujo presidente, Alexandre de Moraes, condicionou a análise do relatório à inclusão do resultado do primeiro turno. O PL elegeu uma bancada de 99 deputados federais e oito senadores na primeira rodada das eleições.

A ação toma como base um relatório produzido pelo Instituto Voto Legal, do engenheiro Carlos Rocha. Em setembro, o mesmo instituto produziu um relatório questionando a segurança das urnas. As conclusões do documento foram classificadas pelo TSE como "falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade".