Dino diz que governo Lula quer polícia sem ideologia e nega fim das PMs
O senador eleito Flávio Dino (PSB) disse hoje que o governo de Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) não irá propor o fim das polícias militares e que os comandantes das corporações asseguraram não estarem "comprometidos com ideologia".
Dino é coordenador do grupo técnico de Justiça e Segurança Pública da equipe de transição de Lula. O ex-governador do Maranhão se reuniu com comandantes das polícias militares, que também se encontraram com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes.
Dino deu a primeira coletiva de imprensa após analisar os dados e informações disponibilizados pelo governo Jair Bolsonaro (PL) na área da segurança pública.
Fim da PM? Durante a reunião com os comandantes, o ex-governador relatou que foi questionado se o governo Lula iria propor a extinção das PMs e disse ter negado a informação.
"Claro que não, mas havia essa dúvida. Ela surgiu na reunião. Então, nós fizemos um acertamento, uma distinção do que é trigo e do que é joio. Do que é verdade e mentira", afirmou.
Sem ideologia. Dino também relatou que vários comandantes afirmaram estarem "comprometidos com o Estado Democrático de Direito". Ele ressaltou a importância de ter ouvido de alguns comandantes que eles não estão "comprometidos com ideologia" e que não querem "uma polícia ideologizada".
Para o coordenador do grupo da Justiça e Segurança, foi possível "desfazer certas visões preconcebidas" dos policiais com o governo Lula, em um ambiente considerado pelo senador "muito positivo". "Se tivéssemos que comparar, saímos de quase zero e estamos avançando muito para chegar a uma relação saudável", afirmou.
Lei orgânica. O ex-governador disse que ouviu dos comandantes a demanda de apoio pela aprovação de uma lei orgânica para policiais e bombeiros. "Nós sinalizamos que sim, que queremos discutir e receber as propostas deles", concluiu Flávio Dino.
Ele também relatou que a segurança da posse presidencial —em 1º de janeiro de 2023— pode ser comprometida pela falta de recursos na Polícia Federal.
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