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Gleisi justifica apoio do PT a Lira: 'Não temos outro nome com condições'

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em Brasília - Adriano Machado/REUTERS
Presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em Brasília Imagem: Adriano Machado/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

30/11/2022 17h12Atualizada em 30/11/2022 17h12

A presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann justificou o apoio do partido à reeleição de Arthur Lira (PP) para a Presidência da Câmara dos Deputados. Segundo ela, a decisão partiu da bancada da legenda.

"Participei mais de longe dessa construção, porque estou acompanhando a transição. A bancada discutiu e a decisão se dá dentro de quadro de correlação de forças".

Ainda para Gleisi, o PT não tinha um nome forte para emplacar e ser competitivo para à Câmara.

"A bancada levou em consideração isso: que não é momento de ficarmos isolados", concluiu.

Na última vez, o PT e boa parte dos partidos de oposição a Bolsonaro apoiaram Baleia Rossi (MDB) que saiu derrotado para Lira, apoiado à época pelo presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaristas e petistas unidos por Lira

As bases do futuro governo Lula e do atual governo Bolsonaro se unirão no apoio à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara dos Deputados. O PT de Luiz Inácio Lula da Silva e o PSB, de seu vice Geraldo Alckmin, chancelaram ontem (29) o voto, enquanto o PL do presidente Jair Bolsonaro deverá tratar do assunto em um jantar nesta noite, em Brasília.

O apoio petista a Lira indica uma mudança de rumo da bancada do partido em relação ao presidente da Câmara, grande aliado de Bolsonaro, e tem influência direta de Lula. Segundo o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), futuro líder do partido na casa, em entrevista coletiva nesta tarde após a reunião da aliança, a decisão foi "consenso" na bancada.

De olho no comando de comissões importantes da Casa, incluindo a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), na aprovação da PEC da Transição (Proposta de Emenda à Constituição) e um início de mandato mais tranquilo, o partido não só abdicará de lançar nome próprio à Presidência da Câmara como vai aderir ao até então desafeto.