PL lança Rogério Marinho como candidato à presidência do Senado
O PL oficializou hoje a candidatura do senador Rogério Marinho à presidência do Senado. Ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Marinho disputará o comando com o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD). O PL é partido do presidente Jair Bolsonaro, que perdeu a disputa pela reeleição para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em pronunciamento a jornalistas em Brasília, Marinho afirmou que o Brasil vive um momento tenso "na vida nacional" e que há "ameaças" de retrocesso da agenda econômica.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), propôs, durante a campanha, revogar trechos da reforma trabalhista, revisar medidas do governo Bolsonaro em relação à reforma da previdência, além de taxar grandes fortunas.
"É importante um Senado com condições de restabelecer a normalidade democrática, a liberdade de opinião, o direito de se expressar livremente, de ser questionado. Ao mesmo tempo, vamos defender o legado de transformações e mudanças substanciais na economia brasileira que se deram nos últimos seis anos, desde o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff", afirmou Marinho.
As eleições no Congresso estão marcadas para 1º de fevereiro de 2023.
Em função das ameaças de retrocesso, de danificar esse legado da sociedade brasileira, é importante que tenhamos um Senado independente, altivo e capaz de fazer tratativas necessárias para preservar o legado e avançarmos nas mudanças estruturantes que estavam acontecendo
Candidato à presidência do Senado, Rogério Marinho
Marinho acrescentou que o PL não pretende fazer uma presidência "contra o país, de oposição". A decisão de lançar a candidatura de Marinha foi unânime no PL, que tem uma bancada com 14 senadores.
Candidatura de Marinho deve ter apoio do PP. A articulação para impedir a reeleição de Pacheco deve contar com o apoio do PP, do ministro Ciro Nogueira. O acordo foi selado durante jantar em Brasília, no último dia 29, promovido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, com a presença de Bolsonaro, Lira e parlamentares do partido.
Em troca da aliança no Senado, o PL apoiará a reeleição de Lira ao comando da Câmara. Apesar do favoritismo de Pacheco, Marinho também é um dos distribuidores de recursos do orçamento secreto.
Enquanto isso, o PT atua para costurar uma aliança na Casa, a favor de Pacheco, que inclua MDB, PDT e União Brasil. Em troca, as legendas reivindicam o comando de comissões e até o apoio para comandarem o Senado em 2025, caso do MDB e do União Brasil.
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