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Lula se solidariza com vereadora de Florianópolis assediada: 'Absurdo'

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  - Paulo Mumia/Enquadrar/Estadão Conteúdo
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Imagem: Paulo Mumia/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

08/12/2022 14h39Atualizada em 08/12/2022 18h29

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de "absurdo" o episódio em que o vereador Marquinhos da Silva (PSC) agarrou e beijou a colega Carla Ayres (PT). O petista se solidarizou com a vereadora de Florianópolis (SC) e disse que mulheres devem ser "sempre respeitadas".

"As mulheres têm que ocupar os espaços de decisão, os espaços da política e serem sempre respeitadas", escreveu no Twitter.

O caso aconteceu ontem, quando os vereadores discutiam uma proposta no plenário. No vídeo, é possível ver o momento em que Carla anda por um corredor do Plenário e Marquinhos dá a mão para cumprimentá-la. O gesto vira uma agarrada quando ele se levanta, fecha o corpo ao redor do dela e a beija na bochecha. Ela se solta e ele segue rindo.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que o caso é "inaceitável" e prestou solidariedade à vereadora. A parlamentar ressaltou que a política precisa de todas as mulheres "unidas e nos espaços de poder".

"Que esse episódio não desencoraje outras mulheres a entrarem para a vida pública. Que esse episódio não desencoraje outras mulheres a entrarem para a vida pública", escreveu.

Carla Ayres é única do PT eleita. Única petista e a mais jovem entre 22 parlamentares de Florianópolis, a vereadora de 34 anos tem seu mandato pautado pela defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+ e pelo combate à violência contra as mulheres — e recebe ameaças em razão disso.

Carla foi a primeira mulher eleita vereadora pelo PT em Florianópolis, em 2020, e exerce seu primeiro mandato. Nas redes sociais, se define como "feminista, lésbica, cientista social e política".

"Nada autoriza ou justifica essa postura do vereador", disse Carla, em entrevista à CNN Brasil. "É uma liberdade que expressa, na verdade, como o machismo se manifesta e autoriza os homens usarem gestos desse tipo para cima das mulheres. Ele não é meu amigo, pai, tio, namorado".