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Ministro do TCU que mandou áudio golpista renova licença pela segunda vez

O ministro do TCU Augusto Nardes - Eduardo Militão/UOL
O ministro do TCU Augusto Nardes Imagem: Eduardo Militão/UOL

Do UOL, em São Paulo

08/12/2022 15h57

Pela segunda vez, o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes pediu ao órgão uma renovação de sua licença médica, concedida após um áudio golpista de sua autoria ser vazado.

Agora, o ministro está de licença até o dia 16. Ao UOL, o TCU apenas confirmou o afastamento de Nardes até o final da próxima semana. Antes, a licença de Nardes iria até 2 de dezembro.

O primeiro pedido havia sido uma orientação para que se esperasse que o tempo passasse para que ele pudesse voltar às suas funções com maior tranquilidade.

Oficialmente, não há limites para a prorrogação da licença, por ser uma orientação médica. Portanto, ele poderá pedir uma terceira renovação.

Entenda o caso

O ministro do TCU solicitou o primeiro afastamento após o vazamento de um áudio em que ele sugere golpe das Forças Armadas contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Está acontecendo um movimento muito forte nas casernas. Em questão de horas, dias, no máximo uma semana, duas, talvez menos, para que um desenlace bastante forte na Nação ocorra", ele diz no referido áudio.

O ministro Augusto Nardes pegou um período de licença médica um dia depois da divulgação de um áudio em que enviou para amigos com teor golpista, segundo apuração do UOL.

Na ocasião, o ministro divulgou uma nota dizendo lamentar "profundamente a interpretação dada sobre um áudio despretensioso gravado apressadamente e dirigido a um grupo de amigos". Ele ainda afirmou repudiar "manifestações de natureza antidemocrática e golpistas".

O caso fez o PT protocolar no STF (Supremo Tribunal Federal) uma notícia-crime contra o ministro, pedindo seu imediato afastamento e a instauração de investigação por pelo menos cinco crimes: violação a instituições democráticas, golpe de estado e ao processo eleitoral, apologia ao crime, crime de responsabilidade e improbidade administrativa.