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Madeleine: Lula vai tomar 'pedrada' da base por anunciar só homens brancos

Colaboração para o UOL, em Brasília

09/12/2022 11h39

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (9), em entrevista a jornalistas em Brasília, os primeiros nomes dos ministros que farão parte de seu governo. No UOL News, a colunista Madeleine Lacsko apontou que o petista deverá ser alvo de criticas da ala de apoiadores mais radicais.

"Eu acho que Lula vai tomar uma pedrada da base ele. Como se a escolha de nomes para os ministérios fosse mudar a situação do preconceito que a gente tem no Brasil. Se ele puser metade mulher, metade homem, metade negros, metade branco vai continuar a mesma situação de discriminação e preconceito que a gente tem, porque medidas superficiais não resolvem problemas", analisou Madeleine.

A divulgação dos nomes ocorreu no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. O petista disse que, embora não tenha anunciado mulheres nem negros neste momento, o ministério terá pessoas desses grupos.

Foram anunciados:

  • Fazenda: Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação;
  • Casa Civil: Rui Costa, governador da Bahia;
  • Defesa: José Múcio Monteiro, ex-deputado e ex-ministro do Tribunal de Contas da União;
  • Justiça: Flávio Dino, ex-governador do Maranhão e senador eleito;
  • Relações Exteriores: Mauro Vieira, diplomata e ex-chanceler.

Tales: Lula escolheu cinco especialistas em negociação para ministérios

Na avaliação do colunista Tales Faria, o perfil técnico dos futuros ministros é um dos grandes trunfos de Lula.

"Evidentemente, Lula apontou o nome de cinco negociadores. Cinco especialistas em negociações. Haddad é da ala mais moderada do PT, foi o homem que indicou Geraldo Alckmin como vice. Foi prefeito, sabe lidar com as diferenças. Conversou com Paulo Guedes", apontou sobre a indicação para o ministério da Fazenda.

Sobre o futuro ministro da Justiça, Tales destacou o legado de Dino no governo do Maranhão. "Reuniu todos os partidos em torno dele. Teve trânsito com praticamente todos. Ele era uma dissidência de José Sarney, mas assim mesmo negociou com todas as tendências."

Para o colunista, a falta de pluralidade no governo é uma questão que será remediada à medida que Lula anunciar novos nomes para futuras pastas. "O que ele está mostrando é o seguinte: 'Esta é a cara do meu ministério principal'. A segunda coisa que vai ocorrer é que vai vir um ministério com diversidade."

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