Ex-chefe de investigação do caso Adélio é sondado para ser número 2 da PF
O futuro diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, convidou Rodrigo Teixeira para assumir o segundo cargo mais importante na instituição.
O que você precisa saber:
- O UOL apurou que Teixeira deve aceitar o convite do chefe da PF no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT);
- Ele era o superior hierárquico de Rodrigo Morais, que investigava a facada sofrida por Jair Bolsonaro (PL) em setembro de 2018;
- Teixeira perdeu o cargo de superintendente da PF em Minas Gerais em janeiro de 2019, no primeiro mês do mandato de Bolsonaro;
- Bolsonaristas queriam que a PF afirmasse que Adélio Bispo agiu sob mando de alguém.
Investigações policiais mostraram que Adélio atuou sozinho. Essa divergência levou à queda de Teixeira, que apoiou a investigação conduzida por Morais.
O agressor de Bolsonaro foi condenado pela Justiça e segue internado por problemas psiquiátricos até hoje.
O cargo oferecido na PF
Não se sabe se Teixeira assumiria a Direx (Diretoria Executiva) da PF como o setor é organizado hoje.
O órgão cuida, além de questões administrativas, da segurança de autoridades, da autorização para aviões serem usados em operações e da escolta de pessoas ameaçadas de morte, por exemplo.
A ideia é transformar a área num setor mais administrativo durante o governo Lula.
O setor que coordena as diretrizes para investigações importantes é a Dicor (Diretoria de Combate ao Crime Organizado). Um dos cotados para o posto é o delegado William Murad, adido policial na Embaixada do Brasil em Londres, na Inglaterra.
Dentro da Dicor funciona a coordenação de inquéritos de tribunais superiores, a Cinq. É uma espécie de "delegacia", que apura os crimes sob relatoria de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Ou seja: é a delegacia que investiga crimes possivelmente cometidos por presidentes da República, ministros de Estado, deputados, senadores e governadores.
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