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OPINIÃO

Maierovitch: Nem Dino notou que não teve prisão no DF; leniência se destaca

Colaboração para o UOL

15/12/2022 09h53

O jurista e colunista do UOL Wálter Maierovitch fez críticas ao posicionamento do futuro ministro da Justiça, Flavio Dino, sobre os atos de vandalismo promovidos por bolsonaristas nesta semana em Brasília. No dia da confusão, Dino afirmou que conversou com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que teria garantido que o efetivo de segurança pública necessário seria disponibilizado para que a situação não se repetisse.

"Temos que lembrar da manifestação do futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, que já foi juiz por 14 anos e foi governador. Ele tentou fazer política de boa vizinhança com o governador reeleito de Brasília, dizendo que as relações são boas, que a polícia agiu bem. Ou seja, nem ele percebeu que a polícia não prendeu ninguém, que a leniência salta aos olhos", afirmou Maierovitch no UOL News.

O jurista entende que a polícia do Distrito Federal foi leniente e "extremamente cautelosa" durante os atos golpistas realizados na segunda-feira (12).

"A gente tem câmeras. É fácil identificar. A imagem mostrou um carro da polícia que passa do lado de um grupo de cinco pessoas atirando pedra", lembrou ele.

Maierovitch: Ministro da Justiça comete abuso de poder ao atender Valdemar

O ministro da Justiça, Anderson Torres, atendeu a um pedido de Valdemar Costa Neto (PL) e mandou investigar institutos de pesquisa eleitoral, de acordo com apuração exclusiva do UOL. De acordo com Wálter Maierovitch, isso pode representar abuso de poder.

"Para aqueles que têm olhos, basta ler a lei de 2019 que trata do abuso de autoridade, do abuso de poder. Uma das caracterizações é a autoridade impedir um exercício profissional, de interesse público, que é a pesquisa, que retrata um momento. Pesquisador não tem bola de cristal. O ministro da Justiça deve saber o que representa uma pesquisa", explicou o jurista no UOL News.

Maierovitch comentou que tudo é um "jogo de cena" e por isso configuraria o abuso de autoridade praticado por Torres.

"O Valdemar se refere ao 1º turno, dá alguns dados e pede providências. O ministro não percebe ou não quer perceber a falta de justa causa. Ele toma uma providência abusiva. O que existe é abuso de autoridade, abuso de poder, simples assim", explicou Maierovitch.

Bombig: Moraes corta oxigênio de atos golpistas antes de posse de Lula

O colunista do UOL Alberto Bombig falou sobre as operações da Polícia Federal nesta quinta-feira. A corporação cumpre mandados de busca e apreensão contra envolvidos em atos golpistas. A ordem para a ação foi do ministro do STF, Alexandre de Moraes e inclui também quebras de sigilos bancários e bloqueios de contas.

Bombig afirma que Moraes está agindo para dar segurança à cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Me parece que, desde a diplomação do presidente Lula, o Moraes resolveu cortar um pouco o oxigênio desses atos e preparar o espírito para a posse do presidente Lula. Nos bastidores há muita tensão se a posse vai transcorrer em segurança, se protestos estão programados. Então entendo as buscas como medida preventiva para que a gente tenha uma posse tranquila", explicou Bombig.

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