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'Inaceitável', diz Dino sobre tentativa de invasão à sede da PF

Flávio Dino (PSB) será ministro da Justiça e Segurança Pública do futuro governo Lula - Valter Campanato/Agência Brasil
Flávio Dino (PSB) será ministro da Justiça e Segurança Pública do futuro governo Lula Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Mattheus Miranda

Colaboração para o UOL, em Salvador

12/12/2022 22h45Atualizada em 12/12/2022 23h53

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), utilizou as redes sociais na noite de hoje para criticar a postura de um grupo de bolsonaristas que queimou carros, ônibus e tentou invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, após a prisão de um indígena que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) classificou os incêndios e os distúrbios como "absurdos". Ele afirmou que a situação é uma continuação da polarização que ocorre desde a corrida presidencial.

Após os ataques à PF, a segurança no hotel em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está hospedado foi reforçada. O estabelecimento onde o petista se encontra no momento fica localizado próximo à sede da corporação, além de ruas tomadas por manifestantes.

Ainda por meio do Twitter, Dino destacou que está mantendo contato com o "governo do Distrito Federal, a quem compete a garantia da ordem pública em Brasília, atingida por arruaças políticas".

"A segurança do presidente Lula está garantida. As medidas de responsabilização jurídica prosseguirão, nos termos da lei", afirmou Dino.

Horas após a confusão, o atual ministro da Justiça, Anderson Torres, foi às redes sociais dizer que a situação estava se normalizando.

Como foi a tentativa de invasão? O UOL apurou que os ataques começaram depois de o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, determinar a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo de 10 dias, por suspeita de ameaça de agressão e de perseguição contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O senador Randolfe Rodrigues (Rede) também foi às redes sociais para comentar sobre o ato golpista.

"NÃO é manifestação democrática, NÃO é um ato de pessoas de bem. O que Brasília está presenciando hoje são ações criminosas de quem não aceita a Democracia. Todos devem ser responsabilizados, inclusive a influência de Bolsonaro e sua esposa pelo estímulo aos golpistas", afirmou o senador, que logo após acrescentou que "os TERRORISTAS que tentaram invadir a sede da PF estão concentrados em torno do hotel onde está hospedado no presidente Lula.

"Rogo ao governador do DF, Ibaneis Rocha, para que tome as providências junto à PM para garantir a tranquilidade na capital e a segurança do presidente eleito!", concluiu Randolfe.

"Não é aceitável o que está acontecendo na capital da República. Não é aceitável a tolerância com esses eventos", afirmou o senador em entrevista à emissora CNN Brasil. Para ele, os problemas começaram ontem quando bolsonaristas foram liberados para ocupar o Palácio da Alvorada.

"O primeiro ato terrorista aconteceu à tarde quando o Palácio do Alvorada foi ocupado sob autorização do atual presidente (...) inclusive com a atual primeira-dama, a senhora Michelle Bolsonaro, distribuindo quentinhas para aqueles que estavam ocupando o Palácio da Alvorada", criticou.

Aliado do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) criticou a decisão de Moraes em ordenar a prisão temporária de Cacique Tserere. "Atos antidemocráticos é (sic) crime de opinião? Até onde vamos como esses abusos do Poder Judiciário", indagou.

Posteriormente, ele criticou os atos promovidos em frente à sede da Polícia Federal. "Lamento profundamente o vandalismo, mas esticaram a corda? Prender um indígena? A que ponto chegamos?", disse.

Confira outros posicionamentos críticos aos atos golpistas em Brasília: