Atirador e empresário: quem é o bolsonarista preso após ameaçar Randolfe
Preso pela PF (Polícia Federal) nesta quinta-feira (22), o empresário bolsonarista que ameaçou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ostentava armas em imagens publicadas nas redes sociais. Júlio Farias foi detido em flagrante, em Macapá.
No Facebook, além de demonstrar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o empresário fazia posts contra o PT e membros da legenda.
Júlio foi detido por posse ilegal de um silenciador para fuzil, comprado na internet. Além disso, a PF apreendeu 10 armas de fogo, dentre fuzil, espingardas, revólver e pistolas, bem como 3.153 munições de diversos calibres.
Dono de postos de combustíveis, o empresário compartilhou uma imagem de um cartaz no qual pede que eleitores do PT abasteçam "sem redução" do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) "seus deputados e senadores foram contra". A placa faz referência ao projeto aprovado pelo Congresso que limita a 17% a cobrança do imposto sobre combustíveis.
Ao UOL, a defesa de Farias disse que vai aguardar a audiência de custódia, marcada para amanhã, para se pronunciar.
Segundo a PF, a pena para o crime imputado ao empresário é de até seis anos de reclusão.
A prisão foi executada durante o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão contra o empresário, que mora em Macapá.
A Polícia Legislativa do Senado Federal viu "fortes indícios de ameaça e crimes contra a honra" de Randolfe. O empresário compartilhou um vídeo nas redes sociais no qual o senador discute com um apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Na legenda, Farias escreveu: "Queria que fosse comigo essa parada aí, o negócio ia ficar bonito. Um nariz quebrado ia sair".
As ordens foram expedidas pela 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que ainda suspendeu o porte e posse de armas registradas em nome do empresário. O juízo ainda determinou que o investigado mantenha distância mínima de duzentos metros do parlamentar.
* Com Estadão Conteúdo
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