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Homem preso por ataques no DF disse que indígena tinha sido sequestrado

Atila Mello foi um dos presos pela PF por suspeita de participação em atos de vandalismo em Brasília - Reprodução/Metrópoles
Atila Mello foi um dos presos pela PF por suspeita de participação em atos de vandalismo em Brasília Imagem: Reprodução/Metrópoles

Do UOL, em São Paulo

29/12/2022 14h24

Uma das quatro pessoas presas pela PF por suspeita de participar de atos de vandalismo há duas semanas em Brasília, o pastor Átila Mello disse em vídeo o que viu no momento da prisão do Cacique Serere, episódio que motivou os ataques.

O que aconteceu

  • Em vídeo, Átila disse que o indígena foi capturado por agentes à paisana e levado à sede da PF em Brasília.
  • Após a prisão do Cacique Serere, bolsonaristas tentaram invadir o prédio da corporação e atearam fogo em veículos.
  • O pastor Átila foi detido ontem, em São Gonçalo (RJ).
  • "O seu povo está sendo preso por lutar pela causa do Brasil. Cadê você, Bolsonaro?", questionou a esposa dele em vídeo.
  • A PF também prendeu a publicitária Klio Hirano e o pastor evangélico Joel Pires Santana por suspeita de participação nos atos de vandalismo.
  • As defesas deles não foram localizadas para que pudessem se posicionar sobre as prisões.

Entrei no ônibus para pegar carona e ir ao acampamento. E o Cacique estava na picape na frente. Dois carros [descaracterizados da PF] apontaram a arma, mandaram parar, fecharam a picape e seguiram com eles. A gente não viu quem era. Podia ser um sequestro para matar o Cacique. Por isso, a gente veio atrás. Não sabia que prédio era esse. É a administração da Polícia Federal
Pastor Átila Mello, após a prisão do Cacique Serere

O vídeo foi feito em frente à sede da PF em Brasília, onde houve a tentativa de invasão.

Eles [policiais federais] sequestraram o Cacique. Ordem absurda não se cumpre. Eles não estavam em carro caracterizado. Isso é sequestro

Em outro vídeo feito pelo site Metrópoles, Átila aparece apontando o dedo na direção de agentes no local. "A nossa família é a família de vocês. Minha empresa está há 45 dias fechada."

A esposa de Átila gravou vídeo após a prisão dele, chamando-o de "preso político" e fazendo xingamentos ao presidente eleito Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.