Rui nega 'puxão de orelha' de Lula em ministros após divergências
O ministro da Casa Civil comparou a reunião convocada pelo presidente Lula (PT) com seus 37 ministros hoje a uma conversa entre treinador e seus jogadores.
Foi uma reunião. Como um técnico, excelente técnico [de futebol], ele [Lula] não vai a campo diretamente, ele explica o estilo dele, a tática e vai uniformizar a equipe com estratégia e ritmo. Lula colocou seus convocados juntos para definir diretrizes, dizer o ritmo, acelerado para entregas porque o povo está sofrendo, com fome, problemas graves na saúde e sem casa para morar. Não foi em hipótese nenhuma fazer nenhum reparo"
Rui Costa sobre reunião de ministros
O encontro começou às 9h30 e durou até o início da tarde. O ministro da Casa Civil foi o escolhido para conduzir uma entrevista coletiva sobre a agenda.
Rui foi questionado sobre a relação da ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, com o ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado por homicídio e apontado como chefe de uma milícia na Baixada Fluminense.
Esse assunto não foi abordado, não tem nada relevante e substantivo nesse momento para o governo e não está na agenda"
Segundo o ministro, o presidente pediu que os líderes das pastas organizem agendas para ele em dois estados antes da viagem para a Argentina, em 24 de janeiro —o compromisso no exterior marca a volta do Brasil à Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
"Em duas semanas, a Casa Civil fará levantamento das prioridades dos ministérios" para montar as primeiras viagens de Lula.
Alfinetada em governo Bolsonaro. Sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Rui pediu calma para os jornalistas.
Passamos 4 anos sem ouvir sobre programa e política de governo, mas lembrando que hoje é apenas o quinto dia, precisamos de dia e horas para fazer acontecer"
Apesar de tom apaziguador, Lula e ministros têm protagonizado divergências públicas:
- A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, respondeu hoje a uma fala de Simone Tebet, chefe do Planejamento, que disse ter dificuldade para achar mulheres pretas para trabalhar na pasta.
- Fernando Haddad, à frente da Fazenda, havia dito que 30 dias de isenção de imposto sob combustíveis seriam suficientes, mas Lula prorrogou o ato por outros 60 dias.
- Rui Costa e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negaram que o governo esteja estudando rever a reforma da Previdência aprovada em 2019, após o ministro da Previdência, Carlos Lupi, criticar a "antirreforma"
- Simone Tebet ficou com o Ministério do Planejamento, apesar de ter demonstrado interesse na área social do governo, que foi para o petista Wellington Dias.
- Ela aceitou comandar o Planejamento, mas não terá controle do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que ficam sob a Fazenda, de Haddad.
A próxima grande reunião é com governadores. O presidente agendou um encontro com os governadores de todos os estados e do Distrito Federal no dia 27 deste mês.
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