Com relatos de fezes em sala, jornalistas trabalham fora do Planalto
Jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto trabalham de maneira improvisada nesta segunda-feira (9). A área do comitê de imprensa, espaço onde ficam os equipamentos no térreo do prédio, foi um dos locais atingidos pela invasão de bolsonaristas golpistas ontem. Segundo relatos, foram encontrados vestígios de sangue, urina e fezes no local.
A sala de imprensa, como todo o palácio, passa por um processo de limpeza. Segundo a Secom (Secretaria de Comunicação) as portas foram danificadas.
No primeiro andar, uma área que foi tomada por móveis do salão nobre já foi inteiramente limpa. O térreo também está sendo higienizado.
O próximo passo é restaurar os aparelhos de segurança da portaria. Foram destruídos telefones, computadores e os detectores de metal.
Ainda no térreo, as fotos de todos os ex-presidentes foram arrancadas, rasgadas e jogadas no chão. O mesmo aconteceu com uma imagem da bandeira do Brasil que ficava na entrada.
Entre os móveis destruídos, havia mesas, cadeiras e púlpitos de madeira que datam a fundação de Brasília, nos anos 1960, e passaram por todos os presidentes até então.
Apesar da destruição, Lula decidiu despachar do Planalto para mostrar que o governo não se intimidou.
Nesta manhã, ele se encontrou com chefes dos outros Poderes —a ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), o deputado Arthur Lira (PP-AL), da Câmara, e o senador Veneziano do Rêgo (MDB-PB), interino no Senado— e depois com os comandantes das Forças Armadas.
No fim da tarde de hoje, o presidente se reunirá ainda com os governadores para tratar de uma ação conjunta de segurança pública. Todos foram convocados.
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