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Lula terá reunião com Rosa Weber e governadores após terrorismo em Brasília

O presidente Lula conversa com os ministros Rosa Weber e Luís Roberto Barroso, presidente e vice-presidente do STF, na sede da Corte, destruída por terroristas - 8.jan.2023 - Reprodução/Ricardo Stuckert/Twitter/Lula
O presidente Lula conversa com os ministros Rosa Weber e Luís Roberto Barroso, presidente e vice-presidente do STF, na sede da Corte, destruída por terroristas Imagem: 8.jan.2023 - Reprodução/Ricardo Stuckert/Twitter/Lula

Robson Santos

Do UOL em São Paulo

09/01/2023 00h11Atualizada em 09/01/2023 04h11

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se encontrar com a ministra Rosa Weber, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), na manhã de hoje. Mais tarde, Lula receberá governadores.

As agendas estão marcadas para o Palácio do Planalto, local que foi invadido e depredado por terroristas na tarde de ontem.

O encontro com Rosa está marcado para as 9 horas. Já a reunião com governadores será às 18h.

Mais cedo, após vistoriar os estragos promovidos por golpistas em Brasília, o presidente Lula já se encontrou com Rosa Weber, e os ministros Roberto Barroso e Dias Toffoli. O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também participou do encontro.

Após chegar à capital federal, na noite de ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viu de perto os estragos promovidos por manifestantes golpistas no Palácio do Planalto, sede do governo federal.

Em sua página no Twitter, Lula disse que "os golpistas que promoveram a destruição do patrimônio público em Brasília estão sendo identificados e serão punidos".

Amanhã [hoje, 9] retomamos os trabalhos no Palácio do Planalto. Democracia sempre. Boa noite
Lula

Destruição no Supremo

A segurança do STF junto com a tropa de choque conseguiu retomar o prédio por volta das 17h, cerca de uma hora e 30 minutos depois da invasão. Algumas pessoas foram detidas na garagem.

  • Terroristas invadiram o prédio do STF por volta das 15h30;
  • A tropa de choque só conseguiu retomar o controle do prédio às 17h.

Manifestantes golpistas destruíram vidros, câmeras e mobília durante a invasão ao STF. Há informação ainda da destruição de um busto de Rui Barbosa, responsável pela criação da Corte, e do abolicionista Joaquim Nabuco, além de um tapete histórico.

No plenário

  • Todos os vidros foram depredados;
  • Cadeiras foram jogadas e quebradas;
  • Bancos arremessados;
  • Câmeras de vigilância destruídas;
  • Tapete molhado (devido ao sistema de água que foi acionado);
  • Brasão da República arrancado.

No salão branco, onde ministros se reúnem

  • Móveis foram jogados e destruídos

O prédio anexo foi poupado pelos vândalos.

Invasão ao Congresso, Planalto e STF

Um grupo de milhares de extremistas Manifestantes golpistas destruíram vidros, câmeras e mobília durante a invasão feita hoje ao prédio do STF, em Brasília.

Bolsonaristas que marchava pela Esplanada dos Ministérios enfrentou os bloqueios policiais, invadiu e depredou o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do STF.

Os terroristas atacaram primeiro o prédio do Congresso. Eles enfrentaram os policiais que mantinham bloqueios na área, subiram a rampa do Congresso e, em seguida, tomaram as famosas cúpulas.

Eles também quebraram a vidraça do Salão Nobre do prédio e conseguiram entrar no Congresso Nacional, apesar de enfrentarem resistência da Polícia Legislativa.

Após a tomada do Congresso, um grupo se dirigiu ao Palácio do Planalto, sede do governo federal, e entrou no prédio. Policiais formaram uma barreira para impedir acesso ao interior do edifício, de onde despacham o presidente da República e vários ministros.

Os manifestantes conseguiram subir a rampa do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu a faixa presidencial há uma semana. Lula não está em Brasília. Ele viajou para Araraquara, no interior de São Paulo, para avaliar o impacto das chuvas que atingiram a região nos últimos dias.

Intervenção federal

Quase três horas após os atos de terrorismo, o presidente Lula anunciou intervenção federal no DF até 31 de janeiro. Ele estava em Araraquara, no interior de São Paulo, quando comunicou a decisão à imprensa.

No pronunciamento, Lula criticou a gestão de Bolsonaro, chamou os manifestantes de "fascistas" e ressaltou que os responsáveis pelos protestos golpistas e seus financiadores sejam punidos.