Topo

Esse conteúdo é antigo

Terroristas pegam réplica da Constituição no STF; original está em museu

Exemplar da Constituição violada por terroristas é réplica; a original está em um museu - Reprodução
Exemplar da Constituição violada por terroristas é réplica; a original está em um museu Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em Maceió

08/01/2023 22h36Atualizada em 08/01/2023 22h41

Os terroristas que depredaram o prédio do Supremo Tribunal Federal pegaram uma réplica da Constituição Federal de 1988. A original, conforme o UOL apurou, está intacta guardada em um museu do STF.

Nas redes sociais, circulam vídeos que mostram um grupo de bolsonaristas na frente do prédio do STF, enquanto um homem, em cima de uma escultura que simboliza a Justiça, ergue e abre a réplica da Constituição, em gestos de escárnio.

Entretanto, ao contrário do que circula nas redes sociais, o exemplar não é o original, mas uma réplica.

Vândalos picham escultura. A invasão ao prédio do STF culminou, entre outros, na deterioração da escultura "A Justiça", feita pelo artista de Belo Horizonte (MG) Alfredo Ceschiatti, em 1961.

A escultura, que possui cerca de três metros de altura e retrata uma Têmis sentada, foi pichada com a frase "perdeu, mané", em referência à declaração do ministro Luís Roberto Barroso ao ser importunado por um golpista durante viagem a Nova York, nos Estados Unidos, em novembro de 2022.

Ministros reagem. Em pronunciamentos, membros do STF reagiram em tom de indignação e repúdio frente às cenas de terrorismo perpetradas por bolsonaristas em Brasília hoje. Os extremistas depredaram os prédios da Corte, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo, também classificou os ataques como atos terroristas e disse que a Corte não se deixará intimidar pela violência.

No Twitter, Barroso afirmou que os responsáveis serão punidos nos termos da lei, e destacou que "o terrorismo é a vitória do mal e do crime disfarçados de ideologia".

Alexandre de Moraes afirmou que os envolvidos serão responsabilizados, incluindo "anteriores e atuais" agentes públicos.