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Torres está à disposição da Justiça e investigação segue em sigilo, diz PF

Anderson Torres foi ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Anderson Torres foi ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

14/01/2023 09h58Atualizada em 14/01/2023 10h32

A PF (Polícia Federal) confirmou hoje que cumpriu o mandado de prisão contra o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e que as investigações seguem em sigilo.

Em nota, a corporação disse que ele foi encaminhado para a custódia e permanece à disposição da Justiça.

A reportagem do UOL apurou que o ex-secretário está no Batalhão da Polícia Militar no Guará, cerca de 15 km do centro de Brasília. O local é provisório, até a Justiça definir onde ele ficará preso. Torres é delegado da PF e tem direito a alojamento especial.

Ele também é ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal —foi exonerado no domingo passado (8), após golpistas invadirem e depredarem as sedes dos Três Poderes. No cargo, ele era responsável pela Polícia Militar, que não evitou o ataque.

Torres foi preso ao desembarcar nesta manhã no Aeroporto de Brasília, acusado de não ter agido para evitar os atos golpistas. Ele estava de férias nos Estados Unidos.

Para o governo federal, há indícios de negligência por parte do comando da segurança na capital federal.

A prisão foi decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na última terça (10), a pedido da AGU (Advocacia-Geral da União). A Corte também autorizou busca e apreensão na casa do ex-secretário.

Durante a operação, agentes da PF encontraram uma proposta de decreto para reverter o resultado da eleição. Torres afirmou que o documento foi tirado de contexto e seria inutilizado. No Brasil, ele deverá esclarecer quem redigiu o texto e em quais circunstâncias.