Câmeras em uniforme de policiais legislativos mostram embate com golpistas
Câmaras acopladas nos uniformes dos policiais legislativos registraram o enfrentamento com bolsonaristas que invadiram e depredaram o Congresso Nacional em 8 de janeiro. As imagens foram obtidas e divulgadas pelo Fantástico, da TV Globo.
As gravações registraram os agentes em ação para impedir o avanço dos terroristas. Enquanto os policias usam spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo para afastar os invasores, bolsonaristas jogavam objetos e disparam jatos d'água contra os agentes.
Vamos lá, vamos lá. Fechem os escudos! Baixem as viseiras! Tem um cara com estilingue ali, hein? Abaixa a viseira, galera! Abaixa a viseira!"
Um dos policiais legislativos grita ao colegas
A polícia do Senado foi capaz de impedir que os vândalos avançassem para o corredor onde ficam os gabinetes dos senadores. A barreira ficou no chamado "Túnel do Tempo".
Foram cerca de 58 policiais contra os golpistas. A Secretaria de Polícia do Senado até pediu reforço, mas foi ignorada pela Secretaria de Segurança Pública do DF no sábado (7), quando a corporação já estava em alerta para o risco de uma invasão.
Mesmo com baixo efetivo, a Polícia Legislativa do Senado Federal foi responsável por prender 37 pessoas que invadiram o plenário da Casa durante os atos golpistas.
Segundo a Administração Penitenciária do Distrito Federal, no total, 1.398 pessoas foram encaminhadas aos presídios. Existe uma força tarefa composta por dezenas de juízes para ouvir os golpistas, a chamada audiência de custódia.
Houve a liberação de 599 manifestantes por razões humanitárias: gestantes, idosos, adultos com crianças e portadores de doenças crônicas.
Em depoimento à PF, ao qual o UOL Notícias teve acesso, o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fábio Augusto Vieira disse que não havia contingente suficiente de policiais legislativos no Congresso nem de militares para segurança do Planalto, realizada pelo Exército.
Vieira foi afastado do comando da PM do Distrito Federal na segunda (9) e preso no dia seguinte por determinação de Alexandre de Moraes, ministro do STF.
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