Sakamoto: PF tem que investigar conexões de célula golpista do RJ com o DF
O colunista do UOL Leonardo Sakamoto disse, durante o UOL News, que é importante entender como o grupo golpista do Rio de Janeiro mandou gente para Brasília.
"Esse é o ponto importante da questão, não só se comunicavam e atuavam de forma semelhante, ou seja, tinha bloqueios, protesto, ameaça às autoridades em nível estadual, regional e federal. Uma parte importante da investigação é tentar entender como o norte Fluminense alimentou de extremistas o quartel-general em Brasília. Como é que se mandou gente para lá?".
Sakamoto questionou qual era o papel da "célula golpista" do Rio de Janeiro. "Tem uma questão de como essa célula golpista do Rio de Janeiro alimentava a célula nacional, qual era a função dela, qual era a participação dela no processo, como mandou gente para lá e como ela copiava esse comportamento das células golpistas em todo o Brasil".
'Houve um problema de comando das PMs durante atos golpistas', diz Cappelli
O interventor da segurança pública no Distrito Federal Ricardo Cappelli afirmou durante participação no programa nesta segunda-feira, confiar na Polícia Militar do Distrito Federal, mas disse que houve um problema de comando nos ataques golpistas do dia 8.
O que está muito claro para mim, nesse momento, é que houve um problema de comando. As forças de segurança agem dentro da cultura de hierarquia e disciplina e elas respondem ao comando".
Cappelli diz que quatro inquéritos foram abertos pela Corregedoria da Polícia Militar e mais um será iniciado hoje, para apurar "conduta inadequada eventual".
A gente tem imagens [de falha da segurança] que efetivamente aconteceram de alguns agentes e vai apurar também a conduta dos comandantes responsáveis no dia".
Segundo o interventor, 44 policiais militares foram feridos e um agente quase foi morto.
Os relatos que ouvi deles são gravíssimos, por muito pouco não houve policial militar morto no dia 8".
Não é coincidência mudanças feitas por Torres e ida para os EUA, diz interventor no DF
No programa, Cappelli não isentou o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
"Não me parece coincidência a sequência dos fatos e o que aconteceu: Anderson Torres assume a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal na segunda-feira, dia 2, ele altera o núcleo da secretaria, viaja e no dia 8 acontecem esses fatos inaceitáveis. Isso não me parece coincidência e não pareceu coincidência para o ministro Alexandre de Moraes".
O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em três edições: às 8h, às 12h e às 18h. O programa é sempre ao vivo.
Quando: de segunda a sexta, às 8h, às 12h e 18h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
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