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'Sou o único presidente no mundo que não tem onde morar', diz Lula

O presidente Lula e a jornalista Natuza Nery                              - Reprodução / Twitter
O presidente Lula e a jornalista Natuza Nery Imagem: Reprodução / Twitter

Do UOL, em São Paulo

18/01/2023 19h07Atualizada em 18/01/2023 21h12

Lula (PT) reclamou hoje do estado de abandono do Palácio do Alvorada e, em tom de bom humor, disse ser o único presidente da República no mundo que não tem onde morar.

O único caso da história do mundo em que o presidente da República não tem onde morar. Eu fui ao Torto [outra residência da Presidência] saber se eu podia ficar lá depois que o Guedes saiu, o Torto sinceramente, sinceramente não dá. O Alvorada é uma pena. Morei oito anos lá, deixei aquilo limpinho, bem cuidado, para a Dilma. E agora quando nós fomos lá ver, eu sinceramente não sei o que foi feito no Alvorada. Sinceramente eu não sei como é que pode."
Lula

"Eu cheguei no Alvorada, não tinha cama no quarto, estava semidestruído. Eu não sei se eles levaram embora, o que eles fizeram. Você entra e mora, você pode até comprar uma roupa de cama, mas você foi lá ver. Não tem nada. Não tem nada! E muita coisa estragada. A impressão que se dá é que não tinha limpeza naquilo lá", completou.

O governo pagou até agora R$ 216.823,95 em hospedagem para Lula e a primeira-dama Janja, enquanto a residência oficial, o Palácio da Alvorada, passa por reformas e vistoria.

  • Lula e Janja estão hospedados no hotel Meliá, em Brasília, desde 1º de janeiro
  • As diárias no Meliá para casal variam de R$ 765 a R$ 7.690, segundo o site do hotel
  • O Planalto já pagou R$ 216,8 mil por hospedagens no hotel desde o primeiro dia do ano; valor foi publicado no Diário Oficial da União
  • Presidente e primeira-dama argumentam que Palácio da Alvorada precisou de obras de restauração
  • Entre os problemas encontrados, estão infiltrações no teto, piso lascado e janelas com rachaduras
  • A hospedagem inclui também a equipe de segurança do presidente.

Em nota, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação) informou que as residências oficiais não tinham "condições de habitabilidade", e que o presidente e a primeira-dama permanecerão no hotel até 2 de fevereiro —data prevista para o fim das obras no Alvorada.

No início do mês, a socióloga Rosângela Lula da Silva, a Janja, também já havia protestado contra estado de conservação de móveis e a ausência de objetos.

Problemas encontrados, segundo Janja

  • Parte da madeira da sala de estar lascada
  • Infiltrações no teto
  • Piso de madeira de jacarandá com rachaduras
  • Vidros rachados
  • Poltrona de couro rasgada
  • Tapete com buracos
  • Arte sacra do século 19 deixada no chão