Câmara do DF abre CPI para investigar atos golpistas
A CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal) realizou hoje a leitura do requerimento para a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre duas ocorrências golpistas na capital federal.
- 12 de dezembro de 2022: radicais tentaram invadir a sede da PF (Polícia Federal) e atearam fogo em veículos;
- 8 de janeiro de 2023: golpistas depredaram a Praça dos Três Poderes.
A sessão teve tom de consenso, com apenas o deputado Daniel Donizet (PL) ausente.
A publicação oficial sobre a Comissão deverá ser feita amanhã, conforme foi acordado hoje.
Há expectativa de que sejam autorizados cinco dias da próxima semana para formação de blocos e indicações de nomes para compor a CPI, finalizando essa parte do processo em até 27 de janeiro.
Investigação de autoria dos atos. Em paralelo, o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu inquérito para apurar a conduta do governador afastado Ibaneis Rocha (MDB), do DF, e de Anderson Torres, ex-ministro de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do DF, durante a depredação da Praça dos Três Poderes.
Depois, o ministro Alexandre de Moraes determinou a inclusão de Bolsonaro no inquérito. A Corte acatou pedido da Procuradoria-Geral da República, cujo entendimento é de que o ex-presidente é suspeito de incitação ao crime após ter postado vídeo questionando as eleições dias depois dos ataques terroristas. Três horas depois, ele deletou a publicação.
Ibaneis nega negligência. Em depoimento à Polícia Federal, Ibaneis falou que a responsabilidade de garantir a segurança na capital federal era integralmente da Secretaria então comandada por Torres, e disse não ter sido informado de quaisquer riscos.
Ibaneis foi afastado por 90 dias do governo por determinação do STF, que considerou que ele não agiu para conter os atos de violência. Celina Leão, vice dele, atua como governadora em exercício.
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