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STF envia à PGR ação contra sobrinho de Bolsonaro por ato golpista no DF

Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro em atos golpistas - reprodução redes sociais
Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro em atos golpistas Imagem: reprodução redes sociais

Do UOL, em São Paulo

19/01/2023 21h41Atualizada em 19/01/2023 22h53

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Rosa Weber, encaminhou à PGR (Procuradoria-Geral da República) uma ação contra Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ela diz respeito à participação do sobrinho de Bolsonaro no ato golpista que culminou na depredação de prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro.

Agora, caberá ao procurador-geral, Augusto Aras, avaliar se houve crime envolvendo Leo Índio.

Notícia-crime no STF. O movimento Coletivo de Direito Popular, formado por advogados ligados à UFF (Universidade Federal Fluminense), entrou na terça-feira (17) com a ação contra Léo Índio pedindo a sua prisão preventiva.

O que argumenta o movimento

  • Léo Índio participou do ato em que vários criminosos invadiram e destruíram prédios dos três poderes;
  • Aparentemente, ele esteve na linha de frente, pois teria sido reprimido e contido pelas forças policiais que teriam utilizado gás de pimenta contra ele;
  • Fez postagens de sua participação no ato golpista, no Instagram, com 12.747 curtidas e 2.289 comentários, evidenciando a sua capacidade de influência e mobilização.

Diante dos fatos e fundamentos a seguir expostos, ao final requer seja o 'Noticiado' [Léo Índio] investigado no bojo do Inquérito nº 4879 ou em outros que apurem condutas antidemocráticas, bem como, sugere-se seja requerida a prisão preventiva do mesmo."
Trecho da petição

Léo Índio participou dos atos golpistas de 8 de janeiro. No Instagram, ele postou imagens no prédio e escreveu:

Focarão no vandalismo certamente. Mas sabemos a verdade. Olhos vermelhos = gás lacrimogêneo."
Léo Índio, nas redes sociais

  • Ele é primo de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos de Bolsonaro
  • Em 2022, foi candidato a deputado distrital pelo PL, mas não conseguiu se eleger.
  • Foi para Brasília após a eleição de Bolsonaro, em 2019, e trabalhou como assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o parlamentar ser flagrado com R$ 30 mil na cueca.
  • Depois, foi funcionário da liderança do PL no Senado.

A relatoria da ação no STF é do ministro Dias Toffoli, mas, com o período de recesso do Judiciário, o encaminhamento foi feito pela presidente da Corte.