Lula muda agenda e marca reunião com Nicolás Maduro para hoje
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá hoje às 16h com Nicolás Maduro, da Venezuela, e amanhã com o presidente de Cuba, Miguel Diáz-Canel, na parte da tarde. Os dois encontros serão em Buenos Aires, no hotel onde o presidente está hospedado.
Lula abordará a retomada do diálogo com os dois países em nível presidencial e os temas a serem discutidos pelos países na Celac (Cúpula de Estados Latino-americanos e Caribenhos), segundo apurou o UOL Notícias.
No caso da Venezuela, Lula e Maduro tratarão da reabertura da embaixada do Brasil e consulado em Caracas, que já está em curso.
Lula desembarcou na Argentina para inaugurar uma agenda de simbolismo político. Priorizar a relação com países da América Latina, após anos de desgaste com a gestão Jair Bolsonaro, é um objetivo do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Hoje, Lula também se encontra com Alberto Fernandéz, presidente da Argentina. A agenda do presidente no país vizinho marca o retorno do Brasil à tradição bilateral entre as nações.
Durante os últimos três anos, desde quando Fernández assumiu o poder, Bolsonaro não visitou a Argentina por razões ideológicas, irritado com a visita do argentino a Lula na prisão em Curitiba, em 2019.
Em dezembro, ainda antes da posse de Lula, o chanceler Mauro Vieira disse que recebeu ordens do petista para retomar relações com a Venezuela, reconhecendo Maduro como presidente do país.
Na ocasião, ele foi questionado sobre Juan Guaidó, que era reconhecido pelo governo Bolsonaro como o "presidente interino" da Venezuela. Mas o ministro afirmou que o governo Lula voltaria a reconhecer Maduro como chefe de Estado do país.
A embaixada [será aberta] junto ao governo que está, ao governo que foi eleito e que está lá [na Venezuela], é o governo do presidente Maduro."
Sucessor de Hugo Chávez, antigo aliado de Lula, Maduro tem boas relações com o petista e era aliado do governo Dilma Rousseff. Ele foi um dos primeiros a ligar para o presidente após o resultado das eleições, no fim de outubro.
* Com informações da RFI
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