Prefeitura demite golpista 12 dias após invasão e depredação em Brasília
A Prefeitura de Penápolis, a 477 km da capital paulista, exonerou o extremista Erlon Paliotta Ferrite —que era funcionário comissionado do município— 12 dias após vir a público sua participação no ato golpista de 8 de janeiro, que resultou na invasão e depredação das sedes dos três Poderes.
A portaria com a demissão do golpista não expõe o motivo da exoneração.
Ferrite filmou a si próprio e ao amigo Fábio Alexandre de Oliveira, também residente de Penápolis, participando da depredação da sede do STF. Em um dos vídeos, Ferrite grava em vídeo o ambiente destruído enquanto derruba e chuta bustos de juristas no STF.
Quebramos tudo, acabamos com tudo. Estamos quebrando tudo nessa porra. Tomamos tudo, tocamos o terror mesmo."
Erlon Paliotta Ferrite
Mudanças de versão
Ferrite ocupava o cargo de chefe do serviço de transporte de ambulâncias da cidade desde 2021, com salário bruto de R$ 3.300,55 em dezembro.
Ele também tem atuação política em Penápolis. O golpista tentou se eleger vereador nas eleições de 2012 e 2016, mas fracassou em ambas —teve 172 e 50 votos, respectivamente.
Após a participação dele no ataque se tornar pública, a prefeitura adotou posições diferentes para justificar sua manutenção no cargo.
- Inicialmente, disse que "sempre defenderá o direito ao diálogo" e "às manifestações", apesar de sustentar que "qualquer tipo de violência ou violação" deveria ser combatido. Sobre o caso concreto de Ferrite, limitou-se a dizer que havia "determinado averiguação";
- Em um segundo momento, a prefeitura passou a dizer que não poderia demitir Ferrite.
Não podemos punir um erro cometendo outro. Temos leis e normas a seguir, anotando que os servidores municipais de Penápolis são regidos pela CLT."
Prefeitura de Penápolis, em nota
Após o UOL revelar que a prefeitura havia dito que não poderia demitir o extremista, a gestão do prefeito Caique Rossi (PSD) foi alvo de muitas críticas nas redes sociais.
Ferrite e Oliveira não figuram nas listas de presos após os atos golpistas e a desocupação do acampamento extremista em frente ao QG do Exército, em Brasília.
O UOL não localizou possíveis representantes legais dos golpistas. O espaço segue aberto.
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