PSOL aciona MPF contra Bolsonaro por uso de cartão corporativo em motociata
A deputada federal eleita Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou uma notícia-crime junto ao MPF (Ministério Público Federal) referente às motociatas de Jair Bolsonaro (PL), pagas no cartão corporativo quando ele era presidente.
Erika apontou o preço dos atos, que custaram cerca de R$ 100 mil cada um aos cofres públicos, o desrespeito a normas de trânsito e a recusa ao uso de máscara durante a pandemia da covid-19.
A deputada eleita pediu que sejam devolvidos à União "ao menos R$ 182.909,83 gastos durante os eventos e que Bolsonaro seja investigado por improbidade administrativa".
Na notícia-crime, Erika relatou o seguinte sobre a motociata de 12 de junho de 2021, chamada "Acelera para Cristo", em Jackson Vilar (SP):
- Em um dia, foram gastos R$ 79 mil: R$ 63 mil em hospedagens e R$ 16 mil em alimentação;
- Bolsonaro foi acompanhado pelo então ministro Ricardo Salles e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP);
- No caminho, o ex-presidente e motoqueiros violaram o Código de Trânsito, com "motos sem placas ou com a identificação coberta";
- O decreto do uso de máscaras, na época em vigor no estado de São Paulo, foi violado.
A deputada eleita também cita outra edição da mesma motociata em Jackson Vilar, dessa vez em 15 de abril de 2022.
Neste dia, foram utilizados R$ 103.042,29 do cartão corporativo presidencial, que se dividiram em: R$ 2.614,61 em combustíveis e lubrificantes automotivos; R$ 64.459,93 em alimentação e R$ 35.967,75 em hospedagens".
Notícia-crime do PSOL ao MPF
Gastos em padarias. Esse tipo de estabelecimento era um dos preferidos por Bolsonaro e sua equipe no uso do cartão corporativo.
Em São Paulo, na padaria Tony e Thays, há registros de R$ 126 mil gastos em 102 compras de lanches. Na padaria Santa Marta, no Rio de Janeiro, o ex-presidente efetuou 24 compras ao custo de R$ 364 mil. Os hotéis onde as equipes do ex-presidente se hospedavam tinham diária média de R$ 100 e R$ 250.
Motociatas financiadas por cartão corporativo. As diversas motociatas realizadas pelo ex-presidente nos últimos quatro anos tiveram um custo médio de R$ 100 mil cada aos cofres públicos, por meio do cartão corporativo do governo federal.
As informações foram adiantadas pelo jornal Estado de S.Paulo e confirmadas pelo UOL com base nos documentos obtidos pela agência Fiquem Sabendo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.