Governo Lula critica gestão de Damares sobre yanomamis e prepara relatório
O Ministério dos Diretos Humanos e da Cidadania afirmou hoje que auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como a ex-ministra Damares Alves —da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos—, propagam notícias falsas para não assumirem a responsabilidade pela crise humanitária envolvendo indígenas em Roraima.
- No domingo (22), Damares disse ter acompanhado "com dor e a tristeza" as imagens sobre a situação dos yanomamis e negou que tenha havido descaso em relação às denúncias sobre violações de direitos dos indígenas encaminhadas a seu ministério.
- Ela afirmou que o governo Bolsonaro reconhecia a desnutrição como uma violência e que providenciou o envio de cestas básicas ao local no auge da pandemia.
- Para responder às críticas de omissão, ela postou uma série de reportagens sobre a desnutrição de crianças indígenas publicadas entre 2007 e 2011, durante o governo petista, no Vale do Javari, localidade distante da unidade de saúde visitada por Lula.
Deve se tornar de conhecimento público que o antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos recebeu, entre 2019 e dezembro de 2022, diversas denúncias envolvendo violações de direitos dos povos indígenas, todas registradas na Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos."
Ministério dos Direitos Humanos
Governo elabora relatório. Segundo a pasta, a ouvidoria do ministério estará em Roraima nos próximos dias a fim de colher elementos que deverão ser usados para compor um relatório a ser entregue a autoridades nacionais e a organismos internacionais.
O documento será usado em ações a serem apresentadas contra Damares e outros integrantes do governo Bolsonaro.
Os representantes do governo anterior ainda têm a desfaçatez de afirmar perversamente que a causa para as mortes de crianças e pessoas idosas, a desnutrição e as doenças foram causadas pela 'política de isolamento', reproduzindo o padrão irracional, criminoso e irresponsável que resultou em setecentos mil brasileiros mortos na pandemia."
Discursos falsos e delirantes serão veementemente combatidos. Por isso, todas as informações aqui prestadas estão sobejamente documentadas."
Não vamos permitir que o ódio, a desinformação e o fundamentalismo ideológico ceifem vidas brasileiras."
Ministério dos Direitos Humanos
Procurada pelo UOL, a ex-ministra não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.
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