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Randolfe diz que governo deve deixar de lado pauta golpista e descarta CPI

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) será o futuro líder do governo no Congresso Nacional - Geraldo Magela/Agência Senado
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) será o futuro líder do governo no Congresso Nacional Imagem: Geraldo Magela/Agência Senado

Colaboração para o UOL, em Maceió

25/01/2023 10h11

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que será o novo líder do governo Lula (PT) a partir da próxima legislatura, defendeu que o Palácio do Planalto deixe de lado as pautas golpistas empreendidas contra a democracia no último dia 8, quando vândalos bolsonaristas depredaram as sedes dos poderes da República, em Brasília.

Em entrevista ao Valor Econômico, Randolfe destacou que a orientação dada por Lula é a de "não ficar preso à pauta que os golpistas queriam empreender com os atos [antidemocráticos]".

Para o parlamentar, aquele episódio de vandalismo foi uma "tentativa de golpe frustrada", que representou uma "gravíssima crise institucional que só foi possível ser debelada devido a liderança de Lula".

Randolfe acredita que a troca no comando do Exército, com a saída do general Júlio César Arruda e a nomeação de Tomás Paiva, foi o "fecho" que precisava ser dado pelo governo federal para superar a "crise", consoante a decretação de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.

Não há necessidade de CPI, diz senador. Conforme Randolfe Rodrigues, instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os atos golpistas na capital federal não é necessário porque já há investigações em curso, executadas pelo Supremo Tribunal Federal, pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República para encontrar e punir os responsáveis, inclusive militares.

Leia trechos da entrevista

Eu não descarto a gente ter uma comissão de acompanhamento dos fatos. Eu acho que pode ser uma alternativa a uma CPI."

No âmbito militar, os responsáveis serão punidos. Todo dia vocês noticiam que um terrorista foi preso. Estou confiante de que terão ações sequenciais da PF em busca dos financiadores e dos mentores. Nesse caso específico, eu temo uma CPI mais atrapalhe que ajude."

Eu não vejo, à luz do direito, dos crimes cometidos pelo ex-presidente, como ele não ser responsabilizado. Cada vez que a gente aprofunda, tem novos crimes surgindo [...] À luz dos fatos, dos eventos, das informações que temos, não vejo como ele não ser [tornado inelegível]. Todos os elementos levam a isso."