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Advogada: Dossiê sobre pessoas trans mostra retrocesso na gestão Bolsonaro

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/01/2023 19h40Atualizada em 26/01/2023 21h04

No programa UOL News desta noite, a advogada e fundadora da Transcendemos Consultoria, Gabriela Augusto, repercutiu o Dossiê Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras", da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), divulgado hoje.

Segundo o relatório, o Brasil é o país com mais mortes de pessoas trans e travestis no mundo pelo 14º ano consecutivo. Na avaliação dela, o governo de Jair Bolsonaro (PL) precisa ser responsabilizado pelos diversos retrocessos que o país enfrenta.

As pautas de pessoas trans e de direitos humanos de maneira geral não receberam atenção necessária, além de terem sofrido uma série de ataques. Precisamos, de alguma forma, responsabilizar o governo anterior por muitos desses retrocessos."
Gabriela Augusto

Apesar da disseminação de notícias falsas compartilhadas em massa sobre a população trans e os inúmeros ataques, a advogada acredita que, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o momento é de esperança.

"Por mais que esse novo relatório não tenha indicado uma melhoria nos números relacionados à violência do público trans, nós temos uma grande mudança na esfera política, como o aumento da representatividade LGBTI+ na política de maneira geral", falou.

E acrescentou: "Nesses próximos anos do novo governo teremos mudanças bastante positivas no que diz respeito à política, sociedade e inclusão no mercado de trabalho."

Chico Alves: Bolsonaro levou ao máximo o abandono histórico dos povos indígenas


Ainda sobre a tragédia de saúde e segurança alimentar que os povos yanomamis vivem, o colunista do UOL, Chico Alves, lembrou que os povos originários nunca foram tratados como prioridade pelos governos brasileiros. No entanto, a gestão Bolsonaro levou ao máximo esse descaso.

"Temos que olhar para essa questão e dar a importância que ela tem. O que podemos fazer? Precisamos pressionar os políticos pelas redes sociais e fazer o que estiver no nosso alcance. Não podemos fingir que isso não está acontecendo só porque está distante dos nossos olhos", avaliou.

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