'Pode ser amanhã, em 6 meses, nunca', diz Flávio sobre volta de Bolsonaro
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou hoje que o ex-presidente Jair Bolsonaro não tem data para voltar ao Brasil. Ele viajou aos Estados Unidos em dezembro do ano passado, a dois dias da posse do presidente Lula (PT).
Antes de sair do país, Bolsonaro passou por um longo período de reclusão no Palácio da Alvorada após a derrota nas eleições presidenciais.
Pode ser amanhã, pode ser daqui a seis meses, pode não voltar nunca, não sei. Ele está desopilando. Você nunca tirou férias, não?
Flávio Bolsonaro, senador pelo PL-RJ
O senador participou neste sábado de um evento em que o PP e o Republicanos oficializaram o apoio à candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado.
Atos golpistas
No evento, Flávio Bolsonaro disse ainda que "não é possível vincular" o pai aos atos do dia 8 de janeiro, quando golpistas depredaram a sede dos Três Poderes, em Brasília.
"Não há nada juridicamente que implique o presidente Bolsonaro [nos ataques]. O Poder Judiciário não é lugar de fazer julgamento político. Ele está com muita tranquilidade porque sabe que não tem como, ainda que forcem a barra, vinculá-lo a nenhum ato criminoso", disse Flávio.
No domingo, dia 8 de janeiro, milhares de apoiadores de Bolsonaro pediam uma intervenção militar para depor o presidente Lula.
"Se uma pessoa que veste a camisa do Bolsonaro vai para a rua fazer besteira, tem de ser responsabilizada, não Bolsonaro. Ele não tem poder sobre estas pessoas", acrescentou o filho do ex-presidente.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para incluir Jair Bolsonaro no inquérito que visa a determinar quem incentivou a invasão das sedes dos Três Poderes.
Nova cirurgia
O senador disse ainda "não ter certeza" se Bolsonaro vai precisar de uma nova cirurgia no intestino quando voltar ao Brasil. Bolsonaro foi internado na Flórida com "fortes dores abdominais".
O ex-presidente passou por quatro procedimentos cirúrgicos desde que foi vítima de uma facada no abdômen em setembro de 2018, durante a campanha eleitoral daquele ano.
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