Dívidas de golpistas presos com União ultrapassa R$ 1,3 milhão, diz jornal
Golpistas presos após a invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, devem pelo menos R$ 1,3 milhão à União, mostra levantamento do jornal O Globo, com base na Lista de Devedores da Dívida Ativa.
A lista indica pelo menos 54 bolsonaristas que estavam nos atos golpistas de 8 de janeiro. Destes, 14 têm dívidas maiores do que R$ 30 mil. Os débitos são referentes a pendências trabalhistas, previdenciárias e tributárias, sobretudo do Simples Nacional, um regime de recolhimento de impostos das micro e pequenas empresas.
O Globo também identificou sete pessoas que renegociaram a dívida com a União e estão pagando de forma parcelada —o nome do devedor só sai da Dívida Ativa quando a pendência é quitada. Ao todo, o grupo deve mais de R$ 3,6 milhões.
Veja alguns nomes:
As maiores dívidas são de Luiz Fernandes Venancio (R$ 186 mil) e Paulo Eduardo Vieira Martins (R$ 183 mil). Segundo os dados levantados pelo Globo, boa parte do valor é composto por dívidas tributárias referentes ao pagamento do Simples ou do Imposto de Renda.
Antes de ser preso, Venancio usou as redes sociais para cobrar que as Forças Armadas impedissem a posse do presidente Lula (PT). Um vídeo compartilhado por ele na véspera dos atos golpistas mostra um bolsonarista dizendo que os militares são a "vergonha da nação" e que é preciso "invadir" o Congresso para acabar com esses "babacas".
Também aparece na lista de devedores o empresário José Paulo Alfonso Barros, de Mato Grosso do Sul, com dívida de R$ 33 mil com a União. Ele transmitiu ao vivo sua participação nos atos golpistas.
No levantamento, o Globo considerou todos os 1.406 presos no dia 8 de janeiro. Deste grupo, 942 permanecem detidos e 464 foram liberados. Foram considerados apenas aqueles com dívida ativa na relação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Após a ação de golpistas em Brasília, que destruíram salas, computadores, vidraças e obras de arte, a Justiça Federal decidiu bloquear bens que totalizam R$ 18,5 milhões de pessoas e empresas apontadas como financiadoras.
No Palácio do Planalto, o prejuízo foi calculado em R$ 7,9 milhões considerando itens como cadeiras e equipamentos eletrônicos. O valor não inclui peças históricas e obras de arte, que têm prejuízo inestimável.
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