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Ex-chefe da PM usa vídeo de 8/1 e reforça pedido a Moraes para ser solto

Ex-comandante da PM do DF, Fábio Augusto Vieira - Reprodução/PMDF
Ex-comandante da PM do DF, Fábio Augusto Vieira Imagem: Reprodução/PMDF

Do UOL, em São Paulo

30/01/2023 17h39Atualizada em 30/01/2023 18h49

A defesa de Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, usou o vídeo no qual o militar aparece ensanguentado para reforçar o pedido de liberdade ao Supremo.

Ele foi preso após a invasão de golpistas à Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.

De modo a facilitar a identificação do Requerente nas imagens, é importante ressaltar que o Requerente era o único policial militar a usar o colete balístico amarelo reflexivo naquele dia."
Defesa de Fábio Augusto Vieira

O que advogados do ex-comandante dizem

  • Que Vieira não participou do planejamento da operação de segurança e, por isso, não teria responsabilidades;
  • Que o militar se envolveu pessoalmente na tentativa de impedir a invasão ao Congresso Nacional, STF e ao Palácio do Planalto, sendo ferido na cabeça e no corpo ao tentar impedir os marginais de invadirem o prédio;
  • Que Vieira foi o responsável por recuperar itens simbólicos, como o crucifixo do plenário do STF, além de apagar focos de incêndio no interior da Suprema Corte e no Senado Federal.
vieira - Reprodução/ Facebook - Reprodução/ Facebook
O coronel Fabio Augusto Vieira, então comandante da PM-DF, foi ferido durante invasão de golpistas ao STF
Imagem: Reprodução/ Facebook

Defesa mostra foto. No processo, os advogados de Vieira também apresentaram a reprodução da imagem de um vídeo no qual o militar aparece ensanguentado.

A defesa também diz que Vieira, "apesar de comandante-geral, não era o comandante da operação do dia 8 de janeiro", alegando que ele "não participou do planejamento, estruturação e organização da operação de segurança, providência que coube ao DOP [Departamento Operacional]".

Até o dia dos eventos, as informações repassadas pelo DOP eram no sentido de que o efetivo policial a ser empenhado naquela data era suficiente e que o ânimo da manifestação seria pacífico, de modo que o requerente não teria motivo legítimo para desconfiar de sua inveracidade."

A despeito das falhas de planejamento --que não são atribuíveis ao Requerente [Vieira]--, ele atuou em campo e se utilizou de todos os meios disponíveis para evitar o resultado, dando ordens, entrando em combate, colocando em risco e prejudicando sua integridade física."
Defesa de Fábio Augusto Vieira

Dois dias depois após os atos golpistas. O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão do ex-comandante da PM no Distrito Federal, exonerado do cargo pelo interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli.

A decisão de Moraes atendeu a pedido feito pela AGU (Advocacia-Geral da União) —para o governo federal, houve diversos indícios de negligência por parte do comando da segurança no Distrito Federal.

Quem é Fabio Augusto Vieira

Exonerado do comando da PM-DF após a invasão dos três Poderes, o coronel Fabio Augusto Vieira chegou ao posto em março de 2022. Ele chefiava a Subsecretaria de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Viera tem 46 anos, 29 deles como policial militar. Ele entrou na corporação aos 17 anos como cadete. Também já exerceu o cargo de comandante do Regimento de Polícia Montada.