Topo

Esse conteúdo é antigo

'Foram dias duros', diz Cappelli ao fim de intervenção federal no DF

O interventor federal, Ricardo Cappelli - José Cruz/Agência Brasil
O interventor federal, Ricardo Cappelli Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

31/01/2023 08h36Atualizada em 31/01/2023 08h40

Nas redes sociais, o interventor da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, comemorou o fim da ação. Ele foi chamado para cuidar da segurança do DF em resposta aos atos golpistas de 8 de janeiro.

Foram dias duros. Tive que tomar decisões importantes no calor dos acontecimentos. Fiz o meu melhor, espero ter acertado.
Ricardo Cappelli no Twitter

Ele acrescentou que voltará ao Ministério da Justiça com o "sentimento de dever cumprido".

Antes de deixar o cargo, Ricardo Cappelli elaborou um plano de segurança para a posse de parlamentares e reabertura do ano judiciário na quarta-feira (1º).

Inação do Exército e omissão do comando da PM em 8/1

Em seu relatório final sobre o 8 de janeiro, Cappelli diz que houve falha operacional dos comandantes das forças de segurança do Distrito Federal e também aponta diretamente a conivência de militares para com a manutenção do acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército, em Brasília.

O local seria um "centro de planejamento contra a democracia", segundo Cappelli.

O texto lista todas as operações planejadas para a desmobilização do acampamento golpista até 9 de janeiro, dia seguinte à manifestação, e diz que os avanços foram interrompidos por "orientação do Exército Brasileiro".

"Desde o fim de 2022, ocorreram ações planejadas com o intuito de desmobilização do acampamento, porém foram canceladas por fatores alheios às forças de segurança do Distrito Federal, sendo algumas operações interrompidas já em andamento e com tropas da segurança pública no terreno, por orientação do Exército Brasileiro", diz o relatório.