'Foram dias duros', diz Cappelli ao fim de intervenção federal no DF
Nas redes sociais, o interventor da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, comemorou o fim da ação. Ele foi chamado para cuidar da segurança do DF em resposta aos atos golpistas de 8 de janeiro.
Foram dias duros. Tive que tomar decisões importantes no calor dos acontecimentos. Fiz o meu melhor, espero ter acertado.
Ricardo Cappelli no Twitter
Ele acrescentou que voltará ao Ministério da Justiça com o "sentimento de dever cumprido".
Antes de deixar o cargo, Ricardo Cappelli elaborou um plano de segurança para a posse de parlamentares e reabertura do ano judiciário na quarta-feira (1º).
Inação do Exército e omissão do comando da PM em 8/1
Em seu relatório final sobre o 8 de janeiro, Cappelli diz que houve falha operacional dos comandantes das forças de segurança do Distrito Federal e também aponta diretamente a conivência de militares para com a manutenção do acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército, em Brasília.
O local seria um "centro de planejamento contra a democracia", segundo Cappelli.
O texto lista todas as operações planejadas para a desmobilização do acampamento golpista até 9 de janeiro, dia seguinte à manifestação, e diz que os avanços foram interrompidos por "orientação do Exército Brasileiro".
"Desde o fim de 2022, ocorreram ações planejadas com o intuito de desmobilização do acampamento, porém foram canceladas por fatores alheios às forças de segurança do Distrito Federal, sendo algumas operações interrompidas já em andamento e com tropas da segurança pública no terreno, por orientação do Exército Brasileiro", diz o relatório.
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