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Zanin pede indenização de R$ 150 mil de homem que o ameaçou em aeroporto

Cristiano Zanin, advogado de Lula, foi xingado e ameaçado num banheiro do Aeroporto de Brasília no dia 11 de janeiro - YouTube
Cristiano Zanin, advogado de Lula, foi xingado e ameaçado num banheiro do Aeroporto de Brasília no dia 11 de janeiro Imagem: YouTube

Do UOL, em São Paulo

03/02/2023 10h35Atualizada em 03/02/2023 11h15

Cristiano Zanin Martins, advogado do presidente Lula (PT), apresentou uma queixa-crime contra o empresário Luiz Carlos Basseto Júnior, que o ameaçou e o agrediu verbalmente no Aeroporto Internacional de Brasília em 11 de janeiro.

No documento, a defesa de Zanin pede uma indenização por danos morais de R$ 150 mil. Os advogados argumentam que Basseto Júnior ofendeu a honra de Zanin, além de provocar a "desagradável sensação de poder estar na iminência de sofrer ataques de outra natureza".

A motivação política das agressões é também inegável, tendo o QUERELADO [Basseto Júnior] feito clara alusão ao Presidente da República ao questionar se o QUERELANTE "Não tá no aviãozinho do seu chefe não ô, safado?"
Trecho da argumentação da defesa de Cristiano Zanin

Nas imagens, divulgadas por Basseto Júnior nas redes sociais, ele se aproxima de Zanin no momento em que o advogado escovava os dentes. Com o próprio celular, o empresário registrou a abordagem e as ameaças.

Basseto Júnior chama Zanin de "bandido", "safado" e "vagabundo". Ele diz ainda ter vontade de "meter a mão na orelha" de Zanin.

O vídeo mostra que o QUERELADO praticamente encurralou o QUERELANTE, ordenando que olhasse para a câmera e que para ela acenasse ("Olha aqui é, do meu ladinho aqui ó", "Olha aqui pra câmera aqui", "Dá um tchauzinho, ó, safado", "Olha pra cá, safado!"), ameaçando causar-lhe mal injusto e grave ao dizer "Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse".
Trecho da argumentação da defesa de Cristiano Zanin

Cotado para o STF (Supremo Tribunal Federal), Zanin defendeu Lula na Lava Jato e representou o petista no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante as eleições de 2022 e 2018.

A queixa-crime foi apresentada na segunda-feira (30) na Vara Criminal de Brasília, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Empresário é indiciado e deve prestar depoimento à PF

Em 26 de janeiro, a Polícia Civil do Distrito Federal indiciou o empresário Luiz Carlos Bassetto Júnior por três crimes: ameaça, injúria e incitação ao crime, com penas de até 1 ano e 6 meses de detenção. O relatório foi apresentado ao TJDFT.

Em outra frente, a Polícia Federal apura se o agressor esteve presente nos atos de vandalismo realizados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), em 8 de janeiro.

Bassetto Junior mora em São Paulo e deverá esclarecer o que fazia no Distrito Federal no dia 11.