Advogado de Lula é ameaçado por homem não identificado; veja vídeo
O advogado Cristiano Zanin, que fez a defesa do presidente Lula (PT) em processos da Lava Jato, foi xingado e ameaçado por um homem não identificado em um banheiro no aeroporto de Brasília.
O vídeo foi divulgado nas redes sociais.
A fala do agressor
É o destino. Olha o advogado (inaudível) aqui. O bandido. Ó, o corrupto, o safado, aqui, quem está à minha frente. À minha frente. É brincadeira?! Ó o safado. Hein, vagabundo? Do meu ladinho, aqui. Olha para a câmera aqui. Safado. Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse. Safado. Não tem vergonha, não? Vergonha de (inaudível) o seu país. Safado. Tinha que tomar um pau de todo mundo que está na rua.
Homem não identificado
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hofmann (PT-PR), prestou solidariedade ao advogado.
Toda solidariedade ao querido Cristiano Zanin atacado por um bolsonarista. O ódio precisa ter fim, assim como deve haver respeito às instituições democráticas e às diferenças de opinião. Que a nossa sociedade avance na civilidade, vamos trabalhar por isso nos próximos 4 anos.
Gleisi Hofmann
Nas redes sociais, internautas fazem um mutirão para coletar informações sobre o homem que ameaça Zanin.
O UOL tentou contato com Zanin, para ele comentar o episódio, mas ainda não teve retorno.
Em nota, a Inframerica —concessionária que administra o Aeroporto de Brasília— disse repudiar "qualquer ato de violência, seja física ou verbal, e informou que "ainda não foi procurada oficialmente pelas autoridades competentes."
O Grupo Prerrogativas —coletivo formado principalmente por advogados, juristas, artistas e professores— pediu ao STF a identificação do agressor e as medidas cabíveis para a garantia da integridade física do advogado.
Zanin defendeu Lula na ONU. Além de defender Lula na Lava Jato, Cristiano também representou Lula em 2018 no processo que tramitava, desde 2016, no Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o direito de o ex-presidente se candidatar naquela eleição.
Em agosto daquele ano, o comitê entendeu que o petista tinha direito de participar do pleito, o que não foi acatado pelo TSE. À época, eles atuavam pelo antigo escritório.
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