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Governo propõe sardinha e cará em doações para Yanomamis; veja lista

Crianças yanomamis resgatadas em operação do Ministério da Saúde - 22.jan.2023 - Weibe Tapeba/ Sesai / Divulgação
Crianças yanomamis resgatadas em operação do Ministério da Saúde Imagem: 22.jan.2023 - Weibe Tapeba/ Sesai / Divulgação

Do UOL, no Rio

05/02/2023 12h38

O governo federal divulgou uma lista de alimentos que podem ser doados por ONGs para ajudar os yanomamis, que vivem uma emergência em saúde e passam por uma situação de fome generalizada por conta da atuação do garimpo.

Esses alimentos foram especificados em uma nota técnica pela Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) em 1 de fevereiro.

De acordo com a Funai, os itens que poderão ser doados foram limitados para atender às necessidades nutricionais e à tradição dos habitantes da Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

Considerando o alto índice de déficit nutricional e de insegurança alimentar na TIY, a demanda mais urgente no momento é por distribuição de alimentos saudáveis e culturalmente adequados, os quais são indispensáveis para a recuperação nutricional das crianças. Para definição dos itens abaixo, foram consultadas lideranças das organizações indígenas do povo Yanomami e especialistas em nutrição humana.
Nota técnica da Funai

Podem ser doados alimentos não perecíveis, frutas e legumes.

Alimentos não perecíveis:

  • Sardinha em conserva;
  • Paçoca (farinha de carne seca) ou carne seca;
  • Leite em pó;
  • Castanha do Pará ou amendoim;
  • Goma de tapioca;
  • Arroz;
  • Farinha de milho flocada;
  • Farinha de mandioca puba grossa;

Alimentos perecíveis

  • Macaxeira;
  • Banana da terra/ Pacovan;
  • Batata doce;
  • Milho em espiga;
  • Cará;
  • Inhame;
  • Palmito pupunha ou buriti;
  • Abacaxi;
  • Abóbora;
  • Melancia;
  • Laranja;

Os itens perecíveis devem ser fornecidos verdes, para que possam suportar a viagem de longa duração até a Terra Indígena Yanomami.

A Funai alerta ainda que as cestas básicas de 21 kg devem ter embalagens reforçadas, já que boa parte da distribuição tem sido feita por meio de lançamentos com paraquedas feitos de aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), por conta da dificuldade de pousar aeronaves na região.