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Daniel Silveira é levado para Bangu 8, presídio onde está Roberto Jefferson

Ex-deputado Daniel Silveira, em evento no Planalto - Adriano Machado/Reuters
Ex-deputado Daniel Silveira, em evento no Planalto Imagem: Adriano Machado/Reuters

Daniele Dutra

Colaboração para o UOL, no Rio

08/02/2023 17h12Atualizada em 08/02/2023 17h27

O ex-deputado federal Daniel Silveira, preso pela Polícia Federal, na última quinta-feira (2), foi transferido para o presídio Bangu 8, após passar quase uma semana em Benfica.

Silveira agora cumpre prisão preventiva no mesmo presídio onde estão Gabriel Monteiro, ex-vereador do Rio, e o também ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB).

Ele passou por audiência de custódia virtual por volta de 20h30 da última quinta e teve sua prisão mantida pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A defesa tinha a expectativa de que ele fosse para o BEP (Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar), mas o pedido não foi atendido.

No dia da prisão, Silveira ficou detido na PF por mais de quatro horas, até ser levado para o Instituto Médico Legal. Ele seguiu para o presídio de Benfica, onde ficou até a transferência para Bangu 8. No tempo em que aguardou em sede policial, o ex-PM recebeu a visita de sua defesa e de sua mulher, Paola Silveira, também advogada e primeira suplente como deputada federal pelo PTB. Ela não quis falar com a imprensa.

É um sentimento de indignação da família e de toda a sociedade, independente do posicionamento político do Daniel. As decisões judiciais e do STF precisam ser respeitadas, mas a família está consternada com a prisão. André Queiroz, advogado de Silveira

R$ 270 mil em dinheiro vivo

O ex-deputado foi preso em em Petrópolis, região serrana do Rio. Em sua residência, foram encontrados R$ 270 mil em espécie. A defesa do ex-parlamentar diz que o dinheiro é fruto do salário dele como deputado federal, que teve o mandato encerrado em 31 de janeiro.

O mandado de prisão foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A ordem se deu por descumprimento de medida cautelar, como o uso de tornozeleira eletrônica. Silveira já acumulava quase R$ 4,4 milhões em multas, já que a Corte havia fixado o pagamento de R$ 15 mil por dia para cada infração.