Crivella vira réu pelo caso do QG da Propina na Prefeitura do Rio
O ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella (Republicanos) se tornou réu pelo caso do "QG da Propina". A Justiça Eleitoral aceitou a denúncia do Ministério Público.
O atual deputado federal pelo Rio de Janeiro e outras 25 pessoas vão responder pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral — o "caixa 2"— corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A defesa de Crivella disse que "não há nenhuma prova contra o ex-prefeito que justificasse um processo criminal. Sendo assim, a defesa acredita que o arquivamento deve ser mantido."
O processo estava parado havia dois anos. Em 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o processo deveria ser julgado pela Justiça Eleitoral por envolver acusações de crimes eleitorais.
Relembre o caso
O "QG da Propina" que supostamente operava na Prefeitura do Rio aliciava empresas que queriam firmar contratos com o governo ou precisavam receber restos a pagar por serviços prestados. Para poderem furar a fila, elas pagavam um percentual de 3% a 5% em propina sobre os valores.
Crivella seria o chefe da organização. Em mensagens obtidas pela investigação, os integrantes do grupo se referiam ao ex-prefeito como "zero um".
O Ministério Público do Rio apontou envolvimento de servidores, empresários e "laranjas" que "interfeririam nas tomadas de decisão, agilizando pagamentos a empresas específicas e interferindo nos processos de licitação para beneficiar empresas que consentiam em pagar propinas a agentes públicos".
De acordo com a denúncia, esse "QG da Propina" teria arrecadado mais de R$ 50 milhões durante o mandato de Crivella.
O ex-prefeito chegou a ser preso em dezembro de 2020, dias antes do fim de seu mandato na Prefeitura. Ele ficou um dia no presídio de Benfica, na zona norte do Rio, antes de conseguir prisão domiciliar por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Em fevereiro do ano seguinte, o STF revogou a prisão domiciliar e concedeu liberdade a Crivella.
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