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PF prende mais seis pessoas em nova operação contra atos golpistas

Leonardo Martins, Thaís Augusto e Vinícius Nunes

Do UOL, em Brasília e São Paulo

14/02/2023 07h33Atualizada em 14/02/2023 16h22

A Polícia Federal prendeu ao menos seis pessoas na manhã e tarde de hoje, acusados de financiar e participar dos atos golpistas de 8 de janeiro. Entre eles está um ex-candidato a prefeito de Ouro Preto (MG). A operação ocorre nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Sergipe.

Os pedidos foram expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A PF foi às ruas para cumprir oito mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão.

Em Minas Gerais, três pessoas foram presas.

  • Antônio Clésio Ferreira - ex-candidato a prefeito de Ouro Preto em 2020 pelo Democracia Cristã e professor aposentado da Universidade Federal de Ouro Preto. Preso no início da tarde
  • Celso Teixeira de Jesus - empresário do ramo de logística. Preso também em Ouro Preto
  • Laudenir Vieira Rodrigues - Empresário do ramo de arte e políticas públicas. Preso em Coronel Fabriciano.

Há também um preso em São Paulo e outro no Paraná. Em Sergipe, Luciano Oliveira dos Santos foi alvo de mandado, mas já está preso desde 9 de janeiro em Brasília. A operação de busca e apreensão foi na casa da mãe dele, em Itabaiana. Os agentes foram atrás de armas, documentos e computadores.

Alvos em Minas Gerais, duas pessoas estão foragidas.

  • Alexandre Augusto Souza Carmo - Natural de Poços de Caldas. Foi candidato a deputado federal pelo PSC em 2022
  • Alcimar Francisco da Silva - Natural de Sete Lagoas. Ficou conhecido por posar com a foto roubada do ex-presidente Jair Bolsonaro
Popó Bolsonaro - Reprodução/Redes sociais - Reprodução/Redes sociais
Alcimar Francisco da Silva, conhecido Popó Bolsonaro, em invasão aos Três Poderes em 8 de janeiro
Imagem: Reprodução/Redes sociais

A reportagem tentou encontrar a defesa dos citados, mas não obteve sucesso. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

Esta é a 6ª fase da Operação Lesa Pátria, realizada pela PF como parte da investigação que apura os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília, quando bolsonaristas invadiram os prédios dos Três Poderes.

As pessoas envolvidas nos atos golpistas podem responder pelos seguintes crimes:

Quem já foi alvo da Operação Lesa Pátria?

A PF informou que, até a semana passada, quando foi realizada a 5ª fase da operação, haviam sido cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, 3 de prisão temporária e 37 de busca e apreensão.

Na primeira fase, em 20 de janeiro, foram presos Ramiro dos Caminhoneiros, apontado como um dos principais nomes na organização de caravanas aos atos golpistas, e Renan da Silva Sena, ex-funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Em 27 de janeiro, a PF prendeu Fátima de Tubarão, que viralizou em vídeo nas redes sociais dizendo que ia "pegar o Xandão".

Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de busca e apreensão. Ele não foi localizado.

Em 7 de fevereiro, foi preso o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF. Ele estava de folga no dia dos atos golpistas —havia pedido dispensa entre os dias 3 e 8 deste mês.