Homem que plantou bomba escreveu a Bolsonaro: 'Sr. despertou esse espírito'
A carta estava no celular de George Washington de Oliveira, que atribuía a Jair Bolsonaro (PL) a inspiração para suas ações nos acampamentos bolsonaristas.
O documento foi obtido pela Polícia Federal após perícia no telefone de George e divulgado pelo portal Metrópoles.
Segundo o portal, a carta estava em um aplicativo de bloco de notas. Não ficou claro se o conteúdo chegou a ser enviado a Bolsonaro em algum momento.
No texto, George Washington repete bordões que o ex-presidente costumava repetir, como "o povo armado jamais será escravizado", pede uma "autorização" a Bolsonaro para manter armas nos acampamentos golpistas em frente aos quartéis do Exército e diz que era Bolsonaro quem inspirava ações de "defesa".
Não há uma citação direta a planos de plantar uma bomba no Distrito Federal.
Leia trechos da carta, conforme reproduzida pelo Metrópoles:
Longe de Minha Família Esposa, Filhos e negócios, mas jamais desistirei de nossa pátria. O sr. despertou esse Espírito em nós, o Sr. sabe muito bem disso! Hoje sinto orgulho da Nossa Bandeira, de Nossa Pátria Amada Brasil.
Peço ao Sr. Presidente ou a qualquer Órgão Militar autorização para permanecer com alguns equipamentos devidamente documentados prontos e em condições de? dentro do camping no QG em Brasília. Jamais, digo jamais para confrontar forças Militares, mas para nos defender (mulheres e crianças), o Sr. Sabe bem de quem temos que nos defender!
Em quase todos os Seus Pronunciamentos o Sr. falou "O POVO ARMADO JAMAIS SERÁ ESCRAVISADO" Só [saio] daqui com a minha família em pé com a Vitória. NÃO ME TIRE ESSA HONRA SR.!
Eu estou preparando. Pronto para cumprir minhas funções da melhor forma possível. Eu estou focado apenas no essencial, alheio a todo resto. So vou tomar decisões pragmáticas. Não vou me permitir pensar em coisas não importantes. Eu não vou depender de ninguém nem de nada, não vou esta sujeito a erros?
Bomba falhou perto de caminhão de combustível; relembre
George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, confessou ter montado um artefato explosivo numa área de acesso ao Aeroporto Internacional de Brasília.
A bomba falhou e foi descoberta próxima a um caminhão com querosene.
Além de George, outros dois articuladores do plano são réus pelo caso: Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza. Apenas Wellington ainda está foragido.
Em depoimento à PC-DF (Polícia Civil do Distrito Federal), George afirmou ter gasto R$ 170 mil com armas para um possível atentado organizado na cidade.
O plano envolvia:
- explodir os artefatos para radicalizar apoiadores de Jair Bolsonaro (PL)
- entregar armas a integrantes de um grupo de bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército.
O bolsonarista será autuado por crime contra o Estado Democrático e porte e posse de arma de fogo. Com ele, que tinha registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) foram aprendidos:
- dois revólveres;
- duas espingardas;
- três pistolas;
- cinco emulsões explosivas;
- munições e uniformes camuflados.
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