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PGR denuncia mais 139 pessoas por atos golpistas de 8 de janeiro

Golpistas atacara prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro - 8.jan.2023 - Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Golpistas atacara prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro Imagem: 8.jan.2023 - Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

14/02/2023 16h28Atualizada em 14/02/2023 18h27

A PGR (Procuradoria-Geral da República) enviou hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal) denúncias contra 137 pessoas presas em flagrante devido à invasão que culminou na depredação das sedes do Congresso, Palácio do Planalto e Suprema Corte no dia 8 de janeiro.

Outras duas pessoas presas na Praça dos Três Poderes com rojões, facas, cartuchos de gás lacrimogêneo também foram denunciadas.

Todas são acusadas de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio tombado.

O documento é assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do MPF (Ministério Público Federal)

[Cada denunciado] participou ativamente e concorreu com os demais agentes para a destruição dos móveis que ali se encontravam. Todos gritavam palavras de ordem demonstrativas da intenção de deposição do governo legitimamente constituído".
Trecho da peça enviada pela PGR ao STF

"[O objetivo era] implantar um governo militar, impedir o exercício dos Poderes Constitucionais e depor o governo legitimamente constituído e que havia tomado posse em 1º de janeiro de 2023", acrescentou Santos, na sequência.

Foram denunciadas até agora

  • 835 pessoas;
  • sendo 645 incitadores --que participaram dos atos ou foram presas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, mas sem envolvimento direto na invasão e vandalismo dos prédios;
  • 189 executores --responsáveis pelos atos diretos de invasão, vandalismo e depredação;
  • um agente público por omissão;
  • não houve nenhum julgamento para apreciar denúncia sobre o caso dos atos de vandalismo.

O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.

Ontem, a PGR já havia se manifestado favorável à soltura de 12 presos por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro.

No lugar da prisão preventiva (com prazo indeterminado), a PGR se manifestou favorável à conversão por medidas cautelares, como a proibição de frequentar estabelecimentos militares, com distância mínima de 500 m, e manter contato com outros investigados.

Atualmente, há 611 homens e 305 mulheres presos em Brasília por envolvimento com os atos golpistas, segundo balanço divulgado no dia 8 pela Secretaria de Administração Penitenciária. Outras 460 pessoas foram soltas, mas seguem monitoradas por tornozeleiras eletrônicas.