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'Enterrar esse canalha': quem são os bolsonaristas réus por bomba no DF

Wellington, Alan e George: Trio se tornou réu por colocar bomba em caminhão com combustível  - Reprodução
Wellington, Alan e George: Trio se tornou réu por colocar bomba em caminhão com combustível Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

18/01/2023 15h25Atualizada em 19/01/2023 10h33

Três bolsonaristas se tornaram réus por planejar o atentado com bomba colocada em um caminhão nos arredores do Aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro. O empresário George Washington de Oliveira, o primeiro suspeito identificado, foi preso no mesmo dia e apontou dois cúmplices.

Um dos acusados, o eletricista Alan Diego dos Santos, se entregou ontem à polícia de Mato Grosso. O trio é completado pelo jornalista Wellington Macedo de Souza, que está foragido. Eles moravam em partes diferentes do país, mas se uniram nos acampamentos bolsonaristas em Brasília, passando mais de 1 mês na cidade antes de tentar executar o ato terrorista. Saiba mais sobre os acusados:

George Washington de Oliveira Sousa, 54

  • Empresário do ramo de gás, foi o primeiro a ser preso por tentativa de atentado.
  • Natural do Pará, ele alugou um apartamento em Brasília em novembro.
  • George dividia seu tempo entre o imóvel e os acampamentos bolsonaristas.
  • Confessou ter montado o artefato explosivo nos arredores do aeroporto da capital federal.
  • Tinha registro CAC, cedido a colecionadores e praticantes de tiro esportivo, e calculou o gasto de R$ 170 mil em armas.
  • Mulher do réu o definiu como uma "pessoa pacifista" e disse ter ficado chocada com a prisão.
  • Já nas redes sociais, ele fez inúmeras postagens de ódio contra o presidente Lula, afirmando que queria "enterrar esse canalha".
  • Está preso desde 24 de dezembro, poucas horas depois de explosivo ser interceptado.

Alan Diego dos Santos

  • Foi apontado por George como auxiliar na montagem do explosivo.
  • Concorreu a vereador de Comodoro (MT) em 2016, mas não conseguiu se eleger.
  • Após ser ligado ao plano terrorista, foi expulso do PSD (Partido Social Democrático).
  • Deixou sua casa em Mato Grosso também em novembro para se juntar aos acampamentos em Brasília.
  • Eletricista de formação, fez bicos como taxista, mas estava desempregado antes da viagem.
  • Em entrevista à TV Centro América, a mãe de Alan disse que o filho é "cristão" e nunca tinha se envolvido com violência.
  • Mas vídeos feitos nas manifestações antidemocráticas mostram o homem participando ativamente de atos de vandalismo.
  • Com mandado de prisão expedido pelo atentado, ele estava foragido até ontem, quando se entregou à polícia de Mato Grosso.

Wellington Macedo de Souza

  • Foi localizado no local do atentado pelo GPS de sua tornozeleira eletrônica.
  • Cearense, trabalhou como guia de turismo em Fortaleza no início dos anos 2000.
  • Migrou para o jornalismo em 2004.
  • Em 2019, foi assessor de comunicação no Ministério dos Direitos Humanos, sob comando de Damares Alves.
  • Foi preso pela Polícia Federal suspeito de articular e financiar um ato antidemocrático no dia 7 de setembro de 2021.
  • Wellington saiu em outubro do mesmo ano do presídio da Papuda, mas deveria ficar em prisão domiciliar.
  • Em 2022, concorreu a deputado federal pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) de São Paulo, se apresentando como "preso político" -- ele não foi eleito.
  • Frequentou o acampamento em Brasília aparecendo em lives no local durante novembro.
  • Após fracasso do plano, Wellington retirou tornozeleira e é considerado foragido.