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OPINIÃO

Tales: Integrantes do Planalto dizem que Michelle era dura com funcionários

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/02/2023 14h47

Após o MPT (Ministério Público do Trabalho) abrir investigação contra Michelle Bolsonaro para apurar suposto assédio moral cometido pela ex-primeira-dama contra funcionários do Palácio do Planalto, o colunista do UOL Tales Faria afirmou que algumas pessoas lhe relataram que Michelle era dura no trato com funcionários de baixo escalão.

Falei com algumas pessoas do palácio e funcionários disseram que ela era realmente dura para baixo. Para frente e para cima ela é muito dócil e educada, mas para baixo ela realmente era dura. Tales Faria

Durante participação no UOL News, mesmo diante da investigação e dos relatos de funcionários do Palácio do Planalto, Tales destacou que a questão do assédio ainda precisa ser comprovada após as investigações.

O UOL tentou contato com Michelle Bolsonaro para falar sobre o assunto, mas não houve retorno até a publicação do texto.

Uso da religião. Tales ainda destacou que Michelle faz um uso político da religião e que, por isso, deveria manifestar isso na bondade e também no bom trato com as pessoas.

Quem pretende usar a religião como a Michelle usa, deveria se cuidar e tratar melhor as pessoas, especialmente as pessoas que estão subordinadas a ela.

Comparação com Dilma. Dilma Rousseff ficou conhecida por não ser extremamente educada no trato com outras pessoas enquanto foi presidente, segundo o colunista. Tales, entretanto, destacou que esse era o jeito da petista, e não uma diferenciação que fazia com funcionários do baixo escalão.

Dilma não era muito educada no trato com as pessoas em geral. Para baixo, para cima e para o lado. Em geral ela não era muito educada.

Madeleine: Injustiça pior é quando há assédio e não temos mecanismos para punir

A colunista do UOL Madeleine Lacsko também relembrou de supostas acusações de funcionários contra a ex-presidente Dilma Rousseff, mas ressaltou que isso nunca ficou comprovado.

Sobre as acusações contra Michelle, Madeleine afirmou que o crime de assédio é muito difícil de ser comprovado no Brasil em qualquer situação, e quando envolve a presidência da República isso se torna mais difícil ainda.

É sempre uma coisa muito difícil porque há inúmeras possibilidades para que esse tipo de coisa aconteça, mas a pior injustiça é quando realmente há um assédio e a gente não tem mecanismos para punir e poder compensar a pessoa que foi assediada. Nestes casos envolvendo presidência da República é sempre muito complexo, então é algo que vai ser investigado. Mas é um crime muito difícil no Brasil para gente ver alguma solução.

Bolsonaro em reunião com Do Val é a maior prova de conspiração golpista, diz Tales Faria

Peritos da Polícia Federal encontraram fragmentos de três digitais diferentes em um documento encontrado na casa de Anderson Torres que pretendia instalar o Estado de Defesa para alterar o resultado das eleições presidenciais de 2022, mas na avaliação de Tales Faria, essa não chega a ser a maior prova de uma conspiração golpista no Brasil.

Tales afirmou que a reunião realizada entre o senador Marcos do Val (Podemos) e Bolsonaro é a maior prova de uma conspiração golpista até o momento.

Por enquanto, acho que a prova mais incriminadora que existe é a tal reunião do Marcos Do Val com o Bolsonaro presente, e discutindo com Daniel Silveira a possibilidade de gravar o ministro Alexandre de Moraes. A presença do Bolsonaro, mesmo que ele tenha ficado calado, já é a participação dele em uma conspiração golpista. Até agora essa é a maior prova, até porque a reunião já foi até confirmada pelo filho do presidente. É uma prova mais concreta para mim.

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