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Com Mujica, Lula cita Chávez e fala sobre democracia na América Latina

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

01/03/2023 17h25Atualizada em 01/03/2023 19h18

O presidente Lula (PT) voltou a pregar uma união da América Latina "sem fronteiras" durante um encontro da CSA (Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas) no Palácio do Planalto hoje.

Ao lado do ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica, o petista defendeu a democracia na região, com indiretas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e elogiou ex-líderes latino-americanos da época da sua primeira gestão (2003-2010), como o venezuelano Hugo Chávez e o casal argentino Néstor e Cristina Kirchner, atual vice-presidente do país.

O que nós conseguimos avançar em apenas seis anos, a gente retrocedeu o dobro, em apenas quatro anos. [...] Acredito na construção de uma grande nação, de uma América do Sul sem fronteiras. [...] Vamos construir essa América Latina mais unificada, se a gente compreender que juntos seremos mais fortes, e sozinhos somos muito fracos."
Lula

O que disse Lula:

  • O presidente disse que a região já viveu o "mais extraordinário momento de integração regional" nos anos 2000
  • Ele ressaltou que, àquela época, dirigentes sindicais tinham espaço para discutir com presidentes os assuntos pertinentes à classe trabalhadora.

No período que tinha Michelle Bachelet e [Ricardo] Lagos [no Chile], Cristina Kirchner, Tabaré [Vázquez] e Pepe Mujica [no Uruguai], que tínhamos nós aqui no Brasil, que tinha Rafael Corrêa no Equador, que tinha [Hugo] Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, e outros presidentes, como [Fernando] Lugo no Paraguai... a gente conseguiu estabelecer a maior harmonia de integração entre os países da América Latina."
Lula

  • O petista defendeu ainda que será preciso reconstruir e fortalecer o Mercosul e a Unasul, porque os países da América Latina têm mais chances de negociar vantagens em conjunto.
  • Ressaltou a importância da democracia e comparou governos petistas com o de Bolsonaro e citou outras experiências da região para dizer que é necessário "recuperar a unidade" na América do Sul: "Nós não somos inimigos".
  • Afirmou que quase todos os países da região tiveram retrocesso, aumento de desemprego e queda da massa salarial, bem como perda de direitos

Nós precisamos ter coragem de consolidar o processo democrático participando da vida política de cada um dos nossos países. É importante que a gente tenha presidente democrático até para poder criticar. Duro é você viver num país que é uma ditadura e não pode fazer protesto."
Lula