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Rosa Weber e Alexandre de Moraes visitam presídio que abriga golpistas

Ministra Rosa Weber, presidente do STF - Fellipe Sampaio/SCO/STF
Ministra Rosa Weber, presidente do STF Imagem: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Do UOL, em Brasília

06/03/2023 18h05

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Rosa Weber, e o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro, visitaram hoje (6) a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia.

A unidade abriga mulheres envolvidas na invasão e depredação da sede dos três Poderes, além das presas no acampamento em frente ao quartel-general do Exército.

Rosa e Moraes visitaram a Colmeia por volta das 16h e estavam acompanhadas da governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão.

Inicialmente, a agenda da ministra registrava que ela visitaria o Complexo Penitenciário da Papuda, mas a ida se restringiu somente à penitenciária feminina.

O UOL apurou que se tratou de uma visita "institucional" e que os ministros estiveram no local para verificar as instalações da Colmeia.

Procurada, a Secretaria de Administração Penitenciária do DF disse que não se manifestaria sobre o assunto.

No último dia 24, parlamentares da oposição se reuniram com Rosa e pediram uma audiência com Moraes — o encontro ocorreu na semana passada. A iniciativa havia sido antecipada pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) ao UOL, que disse que iria procurar o Supremo para "separar o joio do trigo".

O grupo defende que o STF individualize as condutas dos investigados e solte aqueles presos que não tenham ligação direta com a invasão aos prédios dos três Poderes ou tenham cometido crimes de menor gravidade.

Na semana passada, Moraes determinou a soltura de mais 52 pessoas presas por envolvimento nos atos golpistas.

Segundo balanço divulgado na quarta-feira passada (2), 751 pessoas seguem presas e 655 foram liberadas para responder em liberdade com cautelares.

Os presos liberados terão que seguir uma série de medidas cautelares, como recolhimento domiciliar noturno e nos finais de semana mediante tornozeleira eletrônica, além de cancelamento de passaporte e suspensão de porte de arma de fogo.