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Coronel da PM-DF afirma que bolsonaristas viviam em um 'mundo paralelo'

Jorge Eduardo Naime Barreto foi preso após manifestações - Divulgação/PM-DF
Jorge Eduardo Naime Barreto foi preso após manifestações Imagem: Divulgação/PM-DF

Do UOL, em São Paulo

16/03/2023 17h11

O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe do Departamento Operacional da PM-DF, deu depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do DF.

Naime afirmou que os bolsonaristas acampados no QG do Exército em Brasília viviam "em um mundo paralelo" e que estavam "na bolha", consumindo apenas informações geradas e divulgadas no acampamento.

O coronel é acusado de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Naime alegou que as informações davam conta de que o movimento golpista perdia força e que acreditavam que, com a posse de Lula, o acampamento iria naturalmente acabar.

Segundo Naime, havia comércio ilegal no acampamento, com tendas sendo alugadas por até R$ 600 para ambulantes as usarem durante o dia. Ele também mencionou a existência da "máfia do Pix", um grupo de lideranças dentro do acampamento que constantemente pediam dinheiro para manter o acampamento.

Houve desentendimentos entre bolsonaristas no acampamento, com um grupo querendo descer para a Esplanada e outro grupo querendo ficar em frente ao Quartel. A discussão era sobre o uso do dinheiro do Pix.

Naime alegou que o Exército impediu tentativas de conter o ato golpista e que em um episódio foi inclusive retirado do Setor Militar.